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O “impeachment” e o recesso parlamentar

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                Afora o processo, surge outro problema. O Congresso Nacional – Câmara dos Deputados e Senado Federal – entra em recesso no próximo dia 20 e só retorna à atividade em fevereiro. Existem gestões tanto para cancelar o recesso quanto para deixar o processo de afastamento da presidente pendente até fevereiro, já que não será possivel decidir tudo antes do dia 20. Isso sem falar nas tentativas de aliados do governo de “melar” o processo, algumas já negadas pela Justiça.

                O clima de cassação do mandato do governante é extremamente prejudicial. O Brasil vive hoje uma brutal recessão que, em parte, pode ser tributada à perda de prestígio, manifestações e campanhas pelo afastamento da sra. Dilma Rousseff. Esperar até fevereiro com o processo de impedimento já aberto poderá ser mais um duro golpe contra o país. Os novos negócios simplesmente pararão, pois ninguém investe quando há a instabilidade e, principalmente, sem saber quem governará e qual a política econômica a ser seguida.

                O ano de 2015 pode ser considerado perdido para a economia nacional. Precisamos agora evitar que 2016 e até 2017 sejam irremediavelmente contaminados pelos desequilíbrios desse exercício que vai chegando ao final. Independente do que possa interessar particularmente aos grupos que se embatem pró e contra o impeachment presidencial, os srs. congressistas precisam pensar no país e, desde já, suspender suas férias de final de ano. A decisão de afastar (ou não) a presidente não pode esperar, pois, nessa espera, o Brasil sangra… 

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)  aspomilpm@terra.com.br