
   Assessoria | PJC-MT
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  Mais de 60 membros de uma organização criminosa articulada para práticas de crimes de roubos majorados, furtos, receptação de veÃculos, adulteração, falsificação de documentos, estelionatos e lavagem de dinheiro são alvos da operação “Ares Vermelhoâ€, deflagrada na manhã desta quinta-feira (17.08), pela PolÃcia Judiciária Civil para cumprimento 125 ordens judiciais, sendo 51 mandados de prisão preventiva, 12 conduções coercitivas e 62 buscas e apreensão domiciliar, nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia. Â
     Os mandados de prisão, busca e condução foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital – Vara Especializada do Crime Organizado, na investigação comandada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de VeÃculos Automotores (DERRFVA), em parceria com a Diretoria de Inteligência da PolÃcia Civil.
    O balanço e detalhamentos da operação serão apresentados à s 10 horas, em coletiva de imprensa, na sede da Diretoria Geral da PolÃcia Judiciária Civil, na Avenida Coronel Escolástico, em Cuiabá, com a presença dos delegados coordenadores da investigação, Vitor Hugo Teixeira Bruzulato, Marcelo Martins Torhacs, ambos da DERFFVA, e Luiz Henrique de Oliveira, da Inteligência, diretores e membros da Secretaria de Estado de Segurança Pública.
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       (Foto: PolÃcia Civil de Mato Grosso
A operação é fruto de três meses de investigações que levaram a descoberta de uma rede criminosa liderada por membros de uma facção, que agem de dentro de presÃdios de Mato Grosso, e mantêm alianças com facções dos Estados de Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Amazonas.
Ao logo da apuração, a PolÃcia Civil, por meio de uma inovação tecnológica investigativa, acompanhou em redes sociais a ação controlada de 35 eventos criminosos envolvendo roubos de veÃculos, receptação e manobras financeiras de aberturas de contas para depósitos, transferências e saques de valores em bancos, além de ocultação e o comércio de veÃculos subtraÃdos e clonados.
As prisões preventivas são cumpridas nas cidades de Barra do Garças (1), Jaciara (1), Nova OlÃmpia (1), Cuiabá (33), Várzea Grande (2), Chapada dos Guimarães (2), 5 em Campo Grande (MS) e 6 em Rondônia. As conduções coercitivas são cumpridas em Nova OlÃmpia (2), Sinop (1), Cuiabá (6), Várzea Grande (1), Rondonópolis (1) e Estado do Pará (1). As buscas ocorrem em todas as cidades com membros investigados.
Como agiam
Os crimes eram liderados por quatro principais membros da organização criminosa, que estão presos em unidades prisionais de Mato Grosso. Eles encomendavam veÃculos para comparsas do lado de fora, que agiam como verdadeiros “soldados do crimeâ€, executando os roubos conforme a necessidade (modelo e cor) da organização. Assim, usando carros clonados promoviam rondas pela cidade, em grupos de três a quatro pessoas, objetivando encontrar vÃtimas com veÃculos, de acordo com as caracterÃsticas repassadas pelos lÃderes. Caso encontrassem a pessoa desatenta, embarcando ou desembarcando de seu veÃculo, rapidamente entravam em contato com seus “superiores†e mencionavam o que tinham à disposição. Se o comando criminoso se interessasse pelo veÃculo, promoviam o roubo.
Duas caracterÃsticas faziam do roubo uma ótima opção e a mais realizada. A primeira, pela facilidade de tomar as chaves originais (possibilitando a ação de um criminoso sem conhecimentos especÃficos de mecânica/elétrica – ligação direta e outros necessários para o furto) e documentos do veÃculo e bens das vÃtimas. A segunda, o perfil das vÃtimas, que por estarem distraÃdas ou em momento de descontração, possibilitava a aproximação dos criminosos e uma abordagem armada sem maiores problemas.
A PolÃcia Judiciária Civil estima que o grupo criminoso tenha sido responsável por 60% dos roubos e furtos de veÃculos automotores ocorridos nos três meses da apuração.  No perÃodo da operação “Ares Vermelho†foram contabilizados 682 roubos e furtos de veÃculos (410 roubados e 272 furtados), sendo atribuÃdo a organização 409 veÃculos roubados ou furtados na região metropolitana.
​O ganho na revenda ou troca dos veÃculos de origem criminosa rende, em média, R$ 3 mil para os envolvidos. Caso não tivesse ocorrido à recuperação de 90% dos veÃculos subtraÃdos em Cuiabá e Várzea Grande, em ação das forças policiais, a estimativa de lucro seria de R$ 1,2 milhão no curto tempo da investigação.
Efetivo
Participam da operação 200 policiais civis (investigadores, delegados e escrivães) da região metropolitana, com emprego de 67 viaturas policiais e dois helicópteros do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPaer), além dos policiais das delegacias da Diretoria do Interior e Metropolitana que apóiam a operação nas cidades de Jaciara, Rondonópolis, Barra do Garças, Sinop e Chapada dos Guimarães.
Nome – “Ares†remete ao deus grego das guerras, da guerra selvagem com sede de sangue, daà o complemento “vermelhoâ€, devido a cor.






