
Nilton Borges Borgato deixou a pasto no governo do MT no mês passado, para concorrer a deputado federal pelo PSD.
Imagemreprodução/PolíciaFederal
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19.04) a Operação Descobrimento, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína. Mandados de busca e apreensão e mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos em cinco estados e em Portugal. Em Mato Grosso um dos presos preventivamente é o ex-secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Nilton Borges Borgato.
O ex-secretário foi preso no apartamento em que ele mora, no bairro Jardim Aclimação, em Cuiabá. Ele deixou a secretaria em março deste ano para se tornar pré-candidato a deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD). A exoneração foi assinada pelo governador Mauro Mendes (UNIÃO) no dia 31 de março e a publicação foi no dia 1° de abril. Nesta manhã, o Diretório de Mato Grosso do PSD emitiu uma nota em relação à prisão.
“O partido tomou conhecimento das medidas judiciais contra o ex-secretário Nilton Borgato na manhã desta terça-feira (19), através da imprensa e vai aguardar o desenrolar das investigações, respeitando o direito de ampla defesa, assegurado pela Constituição Federal, antes de tomar qualquer decisão”, traz o texto.
Além de Mato Grosso, a PF cumpre mandados de busca e apreensão e mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, São Paulo, Rondônia e Pernambuco. Em Portugal, com o acompanhamento de policiais federais, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.
As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador/BA para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
*pnbonline / Com Assessoria







