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Produtor de Colíder investe no plantio da soja; prefeito Noboru participa de Dia de Campo e defende integração lavoura-pecuária

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           A pecuária ainda reina firme nos campos de Colíder. Mas, aos poucos, as pastagens que antes alimentavam o gado vão dando lugar à soja e ao milho. Imensas colheitadeiras desfilam poderosas sobre a paisagem onde o boi ainda é soberano. A oleaginosa já ocupa 10% dos cerca de 300 mil hectares de terras disponíveis para pecuária e agricultura.

fotos_bancoimagens_4306     E a produtividade média de 65 sacas por hectare é a recompensa para quem resolveu arriscar no cultivo da oleaginosa. Em algumas lavouras, esse desempenho chega a 72 sacas por hectare. Um sucesso. Resultado de um solo produtivo e um clima que favorece. O avanço da tecnologia também é um incentivo ao produtor rural, que reescreve a história dos campos de Colíder e planta soja onde antes parecia impossível.

         A família Pavoni é proprietária da fazenda Santa Clara, na comunidade Santa Izabel. O lugar é exemplo de que é possível conciliar pecuária e agricultura. Enquanto o boi se alimenta sossegado, do outro lado da cerca plantas vigorosas e produtivas se erguem soberanas sobre os 720 hectares de solo rico em fósforo, potássio, cálcio e magnésio.

           “Temos que focar em aumentar a produtividade”, destaca o patriarca Luiz Antônio Souza Pavoni, que administra a propriedade em parceria com os filhos. “As empresas estão olhando para Colíder com um novo olhar. A região de Colíder tem potencial para colher 80 sacas por hectare. É só saber utilizar o material certo com insumos adequados. Então, o caminho é você trazer a lavoura para ajudar a melhorar a pecuária. Eu, por exemplo, faço aqui a integração lavoura-pecuária. Sou um pecuarista que planta soja”.

COLÍDER VIVE UM NOVO MOMENTO

          O prefeito Noboru Tomiyoshi tirou esta quinta-feira (14.02) para acompanhar um dia de campo realizado na fazenda Santa Clara, que fica distante 30 quilômetros da cidade. O gestor pode verificar de perto o trabalho bonito e rentável que está sendo realizado na propriedade, que investe na produção de gado de corte e soja.

         “O que nós vivenciamos neste momento em Colíder é uma nova etapa, onde a pecuária começa a dar lugar para a agricultura”, comenta Noboru. “Após a consolidação da soja e do milho, virá a suinocultura, o gado de corte em confinamento e, em seguida, a industrialização de toda essa produção. Mas tudo isso começa aqui, na produção do grão, que será a matéria-prima para a produção de ração para a ave, o suíno, o bovino”.

          Apesar dos resultados formidáveis, a soja ainda é um desafio em Colíder. A cultura é vista com desconfiança por muitos. A pecuária está fortemente enraizada no interior do município. O vice-prefeito Massahiro Ono convida os proprietários rurais a investirem na integração lavoura-pecuária.

          “E isso precisa ser levado para todas as pessoas, porque muita gente acha que essa integração é coisa apenas para quem pode investir. Esse ponto de vista é errado. Nós temos que investir nesse tipo de consórcio, que gera produtividade e lucro. É importante que o pecuarista perceba isso. Precisamos levar para todas as pessoas que a lavoura-pecuária é um ótimo negócio”, reforça o médico, que é pecuarista e arrenda parte da sua propriedade para o plantio de soja.

SOLO FÉRTIL, ECONOMIA FORTE

           Sebastião Silvério Neto, representante da Dipagro, está surpreso com a qualidade do solo em Colíder, ideal para o plantio de soja. “Nessa região de Colíder, Santa Helena, Nova Canaã, Alta Floresta, até a BR-163, o solo é diferente do de Sorriso e Lucas. Ele tem uma fertilidade maior, com teor de potássio e de argila maior. É um diferencial que faz com que os produtores obtenham um teto produtivo alto de soja com lucro expressivo”.

           O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Agricultura, Ronaldo Vinha, relata que cresce o interesse de agricultores e empresas de outras regiões em comprar ou arrendar terras em Colíder. “É uma ótima notícia para nós. Pessoas de Sinop, Sorriso, Mutum, Lucas vindo para comprar fazendas, arrendando, e hoje estamos aí com essa realidade da soja produzindo muito em Colíder. Onde vem a soja, vem silos, grandes empresas e as concessionárias de maquinários, de implementos agrícolas, as firmas de defensivos. É mais emprego, é mais renda. Onde tem soja, tem desenvolvimento”.

         O fortalecimento da agricultura através da consolidação da soja e do milho também incrementará e diversificará a economia de Colíder. “A agricultura traz muitos benefícios, inclusive para o comércio local. Entrando a agricultura, vai vender muito mais maquinário, mais pneus, os postos de gasolina, com certeza, vão vender muito mais. Vai fomentar toda a economia de Colíder”, afirma o empresário e pecuarista Edimilson Belarmino, presidente do Sindicato Rural de Colíder.

Da redação FC – Com  Sérgio Ober – Assessor de Imprensa