
Em pronunciamento, Renan chamou a decisão do presidente da Câmara que anulou sessão do impeachment de “intempestivaâ€
DO ESTADÃO
          O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta segunda-feira (9), que ignorou a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de ter anulado a votação dos deputados que, no dia 17 de abril, admitiram a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Em pronunciamento do comando da Casa, Renan chamou a decisão de Maranhão de “absolutamente intempestiva†e teceu uma série de crÃticas a ele.
         “Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo e ao fim ao cabo não cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou injusto, mas ao plenário do Senado, ao conjunto dos senadores, foi essa a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)â€, disse Renan, que foi interrompido sob palmas.
            No inÃcio da sua fala, o presidente do Senado afirmou que não caberia a ele interferir no discurso dos parlamentares, conforme justificou Maranhão na decisão tomada mais cedo. Ele disse que a formalidade da decisão de Maranhão não pode anular ato prévio, numa referência à decisão do plenário da Câmara que admitiu o impeachment de Dilma.
         Renan destacou que sempre procurou se agir com isenção e imparcialidade que a democracia brasileira merece. Segundo ele, na condução do processo, seguiremos “fielmente†a Constituição e o Supremo.
         O peemedebista disse que, no caso do impeachment do então presidente Fernando Collor em 1992, a autorização dada pela Câmara para o Senado seguir com o processamento de impeachment foi comunicada por meio de ofÃcio. Maranhão havia anulado a votação com o argumento de que essa medida deveria ter sido comunicada por meio de uma resolução.
        “Como poderÃamos ter dito que a comunicação de 1992 valeu e a atual nãoâ€, questionou Renan. Ainda assim, ele defendeu, independentemente do resultado do processo atual, a revisão da Lei de Impeachment de 1950. Contudo, ele não deu detalhes sobre o que deveria ser alterado.
Com blogdoantero






