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Samba-enredo que incomodou o agronegócio agradou os indígenas

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Imperatriz Leopoldinense trouxe desfile que mostrou a situação dos índios do Xingu

    imperatriz-dsc-5210-alexandre-durao-g1  Raoni e outros indígenas participam do desfile da Imperatriz Leopoldinense (Foto: Alexandre Durão / G1
       O Samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense foi bastante criticado pelos diversos setores do agronegócio, mas causou  grande contentamento à população indígena representada na Sapucaí  pelo líder maior cacique caiapó Raoni Metuktire(86), e muita emoção ao público.  Clamando o enredo por direitos e sustentabilidade criticava o agronegócio nas terras indígenas.

            Muitas liderança  indígenas do Xingu participaram e prestigiaram o desfile da  Imperatriz Leopoldinense que destacou o cacique caiapó Raoni Metuktire  em um carro alegórico dedicado a ele e teve a ajuda do neto Beptuk Metuktire, 22 anos, para traduzir sua mensagem de agradecimento para o português.

            “Que bom que os brancos lembraram de nós, porque tem muito impacto o que vem causando na população indígena quando querem destruir nossos parques e florestas e poluir os rios”, disse o cacique.

           Para Ianacula Kamayura, 61 anos, não foi surpresa que o enredo tenha incomodado o agronegócio. “Como indígenas do Xingu, ficamos muito emocionados de poder estar aqui diante dessa multidão para trazer à tona todos os nossos problemas”, disse o indígena. “O enredo fala mais do respeito, da necessidade de preservar a terra. Mas a verdade, às vezes, dói.”

RAONI

Da Redação /  com EBC