A reforma do ISS, com uma nova forma de redistribuição do recurso arrecadado, foi proposta pela Confederação e aprovada no ano passado pelo Congresso. No entanto, justamente o trecho que prevê uma melhor distribuição da receita a todos os MunicÃpios brasileiros foi vetado pelo governo federal. Se o veto não for derrubado, os MunicÃpios deixarão de receber cerca de R$ 6 bilhões de reais.
No caso do leasing, arrendamento mercantil, mais de R$ 2,6 bilhões continuam concentrados em cerca de 35 MunicÃpios. E no caso dos planos de saúde, mais de 2 mil MunicÃpios com estabelecimentos de saúde que atendem por planos e convênios, conforme dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), continuarão sem receber um centavo do ISS dessa operação. Atualmente apenas 370 MunicÃpios recebem tal receita.
Concentração das receitas
Se o veto não for derrubado, a forma de distribuição dos recursos arrecadados com o imposto continuará como estão: 63% das receitas do ISS ficam nas mãos de 35 MunicÃpios; cerca de 100 MunicÃpios respondem por 78% de todo o montante arrecadado com tributo do paÃs; em 2016, cerca de 75% da arrecadação do ISS ficou concentrada para poucos MunicÃpios da região Sudeste do paÃs.
Municipalismo pela derrubada
A derrubada do veto e a consequente reforma do ISS garantirá, assim, a desconcentração de receitas, o que acarreta em repartição de receitas entre os MunicÃpios; aumento das receitas próprias; estimulo à economia local, possibilitando os investimentos em polÃticas públicas locais; e justiça fiscal.