
Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) na base estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o estado do Goiás, com 2.500 casos por ano, deve receber o maior número de diagnósticos de câncer de próstata da região
A neoplasia de próstata é o segundo câncer mais frequente em homens, precedido apenas por tumores de pele não melanoma. É o que aponta o levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA). De acordo com os registros, o Brasil deve somar mais de 71 mil novos casos a cada ano do triênio 2023/2025, um aumento de 8,5% em relação a estimativa anterior, que era de 65.840 casos, observa a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Só o Centro-Oeste deve registar mais de 5 mil casos, sendo que em Goiás o número é de 2.500. Goiás também apresenta a maior prevalência do Centro-Oeste, com 65 casos para cada 100 mil pessoas.
Confira o número de casos no Centro-Oeste por ano
Estado | Nº de casos de câncer de próstata por ano | Prevalência – casos para cada 100 mil pessoas taxa ajustada |
| Distrito Federal | 460 | 28,21 |
| Goiás | 2500 | 65,58 |
| Mato Grosso | 1020 | 63,22 |
| Mato Grosso do Sul | 1230 | 58,71 |
*Levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica nas Estimativas do câncer para o triênio 2023-2005 do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A campanha Novembro Azul vem para reforçar a conscientização dos homens sobre a importância da prevenção e da realização de check-ups anuais para um possível diagnóstico precoce. Segundo pesquisa realizada pela Qualibest, encomendada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), em sua maioria os homens não procuram médicos especialistas para fazer exames de prevenção ou, quando fazem, é por ser surgido algum sintoma.
Para Luana Gomes Alves, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e Uro-oncologista do Hospital de Cancer Araujo Jorge é fundamental a realização dos exames de rotina, pois o câncer de próstata tem, na maioria dos casos, uma evolução silenciosa. “O tumor costuma não apresentar sintomas e, quando apresenta, pode ser confundido com crescimento benigno da próstata, portanto, é fundamental avaliar pelos exames: (PSA) proteína produzida pelo tecido prostático e o exame de toque retal, que propiciam descobrir a doença em fase mais inicial”, explica.
Além do diagnóstico precoce, o presidente da (SBCO), Rodrigo Nascimento, ressalta a importância de adotar hábitos saudáveis. “Além dos exames para prevenção, há outras atitudes preventivas que são fundamentais para a saúde como a prática regular de atividade física, alimentação equilibrada, além de não fumar”.
Há ainda fatores que favorecem a incidência do risco de câncer de próstata, que incluem:
Envelhecimento – O risco de câncer de próstata aumenta com a idade. É mais comum depois dos 50 anos.
Raça – Por razões ainda não determinadas, os negros têm um risco maior de câncer de próstata do que as pessoas de outras raças. Nos negros, o câncer de próstata também tem maior probabilidade de ser agressivo ou avançado.
Histórico familiar – Se um parente de sangue, como pai, irmão ou filho, tiver sido diagnosticado com câncer de próstata, o risco pode aumentar. Além disso, se houver histórico familiar de genes que aumentam o risco de câncer de mama (BRCA1 ou BRCA2) ou um histórico familiar muito forte de câncer de mama, o risco de câncer de próstata pode ser maior.
Obesidade – Pessoas obesas podem ter um risco maior de câncer de próstata em comparação com pessoas consideradas com peso saudável, embora os estudos tenham tido resultados mistos. Em pessoas obesas, o câncer tem maior probabilidade de ser mais agressivo e de retornar após o tratamento inicial.
Tratamento em casos de câncer de próstata
O tratamento para os pacientes com diagnóstico de câncer de próstata varia de acordo com a localização e o estágio da doença. Nem sempre a cirurgia é a única forma de tratamento. Quando a doença é localizada — ou seja, só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos —, costuma-se fazer cirurgia e/ou radioterapia. Em alguns desses casos, pode ser proposta a observação vigilante no tumor, também conhecida como vigilância ativa.
Para doença localmente avançada, o indicado é combinar radioterapia com tratamento hormonal ou cirurgia. Já nos casos de metástase (quando o tumor se espalha para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal associada a quimioterapia ou aos novos anti-androgênicos.
Como a escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada, de acordo com a avaliação médica, o cirurgião oncológico é um dos profissionais habilitados para o planejamento terapêutico e cirúrgico do câncer de próstata. De acordo com a SBCO, juntamente à uma equipe multidisciplinar, este especialista poderá definir qual é a melhor, mais segura e eficaz conduta para cada paciente.
Sobre a SBCO – Fundada em 31 de maio de 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) é uma entidade sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, que agrega cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado multidisciplinar ao paciente com câncer. Sua missão é também promover educação médica continuada, com intercâmbio de conhecimentos, que promovam a prevenção, detecção precoce e o melhor tratamento possível aos pacientes, fortalecendo e representando a cirurgia oncológica brasileira. É presidida pelo cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro (2023-2025).
SENSU Consultoria de Comunicação
Imagem destacada: Reprodução/ Sociedade Brasieira de Cirurgia Oncológica






