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Taques entrega pedido de desfiliação do PDT

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Governador deve anunciar nesse semana decisão entre PSB e PSDB

LAICE SOUZA /blogdoantero

                 Como anunciado na última sexta-feira (7) o governador Pedro Taques (PDT) pediu a desfiliação do PDT. Em documento que foi entregue nesta segunda-feira (10), ao presidente do Diretório Municipal de Cuiabá, o governador solicita “a exclusão do nome da lista de filiados ao PDT, com efetiva comunicação ao Diretório Estadual, Diretório Nacional e Justiça Eleitoral”.

 O anúncio do novo partido ainda não tem data para acontecer e a decisão ficará entre o PSB e PSDB.

                    As apostas estão divididas. Muitos acreditam que pela proximidade entre Taques e o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, ele se filie ao PSB. Contudo, há uma correte que acredita que essa filiação estaria prejudicada em decorrência da proximidade do PMDB, do ex-governador Silval Barbosa, com o prefeito da Capital.

                A aproximação estaria sendo construída pelo senador Blairo Maggi (PR), que deve migrar em outubro para o partido do deputado Carlos Bezerra (PMDB). Caso Taques se decida pelo PSB, em 2016 o palanque de Mauro poderá reunir adversários políticos em prol de sua candidatura. Esse cenário futuro, segundo alguns analistas, seria o único motivo que poderia afastar Taques do PSB.

Já no PSDB, o atual governador não encontra nenhuma resistência política. Recebeu convites do diretório nacional e estadual e lideranças do partido já festejam a possibilidade da filiação.

A expectativa é que o anúncio do novo partido ocorra nesta semana, quando o governador retornar de sua viagem pela região do Araguaia. A saída de Taques do partido deve gerar uma debandada de filiados para a sigla que ele escolher.

 Problemas internos

 Apesar de não ter colocado na carta de desfiliação, um dos motivos para a sua saída seria o desentendimento entre o atual presidente estadual da sigla, deputado Zeca Viana.

 Zeca que contribuiu para a eleição de Taques, em janeiro deste ano tentou montar uma chapa para disputar a presidência da Assembleia Legislativa com deputados do PMDB e PR, que teriam apoiado o governo Silval Barbosa (PMDB) e seriam aliados políticos do ex-deputado José Geraldo Riva (PSD). O fato não teria agradado Taques, que não declarou apoio ao colega de partido.

 Após esse incidente, Zeca Viana migrou para a oposição e os laços de companherismo foram cortados. Várias tentativas foram feitas para que a relação fosse retomada, mas sem resultados.

 Outra motivação para deixar o partido era a aliança que o PDT tinha com o governo Dilma Rousseff (PT). O governador sempre se colocou contra o governo do PT, pelas medidas adotadas e pelos escândalos de corrupção. Ele pregava um posiconamento do partido de forma independente.