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Tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo governo dos Estados Unidos causa grande impacto

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Apenas no 1º semestre de 2025, norte-americanos já foram responsáveis por mais de 25% das compras de derivados do fruto do Brasil

Cacau Frutas Nordeste
Foto: Pixabay

A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) divulgou nota nesta sexta-feira (11) em que expressa profunda preocupação com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo governo dos Estados Unidos.

Leia maisPara a entidade, caso a medida seja efetivada em 1 de agosto, como divulgou o presidente norte-americano Donald Trump na última quarta-feira (9), a competitividade das exportações brasileiras de derivados de cacau, posisionado entre os segmentos mais dinâmicos do agronegócio nacional nos últimos anos, será fortemente afetada.

Entre 2020 e 2024, os Estados Unidos responderam, em média, por 18% do valor total exportado de derivados de cacau pelo Brasil. Em 2024, esse valor atingiu US$ 72,7 milhões, com um volume de 8,1 mil toneladas, mostra a AIPC.

“Apenas no primeiro semestre de 2025, o país já importou US$ 64,8 milhões em derivados brasileiros, representando mais de 25% das exportações totais do setor no período. Com a manutenção desse ritmo, o ano de 2025 tem potencial para ser o maior da série histórica — cenário agora ameaçado pela nova tarifa”, diz a nota da entidade.

Tarifa chega no ‘pior momento’

A Associação enfatiza que a medida do governo Trump chega em um momento de forte pressão sobre a indústria brasileira de cacau, que enfrenta sucessivas quebras de safra, restrição na oferta interna da amêndoa e preços internacionais em patamares recordes.

“Em 2025, a moagem nacional de cacau já registra queda significativa, com a exportação de derivados funcionando como uma das principais válvulas de escape para a sustentação das atividades industriais e da geração de empregos nas regiões produtoras”, contextualiza a AIP