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Tempestades solares violentas podem atingir a Terra nesta sexta (7)

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As ejeções de massas coronais podem causar interrupções no sistema elétricos e de comunicação na Terra

Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares /Olhardigital

Representação artística de uma mancha solar se rompendo e disparando jatos de plasma em direção à Terra. Crédito: Mike Mareen – Shutterstock

No dia 4 de julho, aconteceu no Sol duas tempestades solares que podem estar enviando bilhões de toneladas de plasma para a Terra. As ejeções de massa coronal foram detectadas pelo Observatório Solar e Heliosférico da NASA (SOHO), um orbitador do Sol, e devem chegar até nosso planeta na sexta-feira, 7.

As ejeções de massa coronal são carregadas de plasma, partículas ionizadas que quando se chocam com a magnetosfera terrestre podem desencadear tempestades geomagnéticas. Estas por sua vez, podem acabar interrompendo as redes elétricas e de comunicação aqui na Terra.

Em seu perfil no Twitter, a física do clima espacial, Tamitha Skov, compartilhou imagens feitas pelo SOHO das tempestades solares e brincou que era uma comemoração pelo dia da independência nos Estados Unidos, feriado comemorado com explosões de fogos de artifícios.

“Nosso #Sol comemora #4 de julho com seus próprios fogos de artifício especiais! Temos duas #tempestades solares parcialmente dirigidas para a Terra (também conhecidas como CMEs). A segunda tempestade alcançará a primeira, dando-nos um soco duplo. As previsões do modelo mostram um impacto provável em 7 de julho. Postarei as execuções do modelo da NASA a seguir”

Soco duplo de tempestades solares

O modelo da NASA apontou que a primeira ejeção de massa coronal é mais lenta e deve chegar à Terra, por volta de 9 horas, do horário de Brasília, seguindo principalmente para o nordeste.

Já a segunda tempestade solar, está mais rápida e mais direcionado para a Terra, com previsão de chegada para a madrugada do dia 7 de julho, e um ligeiro desvio para o sul. O soco duplo de ejeções, como descreve o relatório da NASA, deve causar uma tempestade geomagnética do nível G-1, nível definido pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), como tempestades mais fracas, mas que podem causar flutuações na rede elétrica e interrupções em espaçonaves na órbita.

Além disso, quando as partículas ionizadas chegarem a Terra, eles podem interagir com o campo magnético e a atmosfera terrestre e formar as auroras. Geralmente esse show de luzes é observado somente em altas latitudes, mas em tempestades solares como essas podem ser visíveis em latitudes médias.