A denunciante disse ainda que o médico usou palavras desnecessárias ao se referir ao corpo de mulheres, mesmo que a sala estivesse cheia delas.
CECÍLIA NOBRE
Da Redação
Uma mulher de 24 anos, gestante de pouco mais de seis meses, registrou um boletim de ocorrência contra um médico ginecologista, do Sistema Único de Saúde (SUS), de Sinop, após ser constrangida durante uma palestra. Na denúncia, a mulher alega que o médico, identificado pelas iniciais W.E.L., de 55 anos, sugeriu que mulheres que não quisessem engravidar deveriam fazer sexo anal. O caso aconteceu na semana passada.
A gestante foi até uma delegacia de polícia registrar o boletim de ocorrência. Aos policiais, ela disse que estava em uma palestra intitulada “Plano Familiar”, promovida pelo SUS, quando, segundo ela, no momento em que o médico entrou na sala ele foi arrogante, “batendo o pé e gritando com todo mundo”.
A denunciante disse ainda que W. usou palavras desnecessárias ao se referir ao corpo de mulheres, mesmo que a sala estivesse cheia delas. Ela relatou também que, em outra fala, o médico disse que as mulheres que não queriam engravidar deveriam praticar sexo anal, ao invés de realizar o procedimento de laqueadura.
Outro ponto destacado no boletim de ocorrência foi o momento em que outra gestante estava tentando tirar uma dúvida sobre uma situação que aconteceu com ela, durante um parto, e o médico gritou: “Teve o filho pela boca! Glória a deus!”.
O outro lado
O Mídiajur entrou em contato a Secretaria de Saúde de Sinop, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.
MidiaJur