Os preços da soja no país apresentaram uma escalada firme, acompanhando o forte movimento cambial e a reação positiva em Chicago
O mercado brasileiro de soja teve um desempenho muito positivo nesta sexta-feira em termos de volume de negócios.
Segundo a Safras Consultoria, os preços apresentaram uma escalada firme, acompanhando o forte movimento cambial e a reação positiva em Chicago.
No entanto, os prêmios acabaram limitando um pouco a valorização das cotações domésticas. Ainda assim, houve uma boa movimentação relatada, com os produtores aceitando as melhores ofertas disponíveis. É certo que mais de 1 milhão de toneladas foram comercializadas esta semana no país.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 119,00 para R$ 122,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 118,00 para R$ 121,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço subiu de R$ 127,00 para R$ 128,50 a saca.
Em Cascavel, Paraná, a saca subiu de R$ 118,00 para R$ 121,00. No porto de Paranaguá (PR), o preço subiu de R$ 126,00 para R$ 129,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 113,50 para R$ 116,00. Em Dourados (MS), o preço passou de R$ 112,00 para R$ 115,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 111,50 para R$ 113,00.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago, a CBOT, fecharam a sexta-feira com preços mais altos, reduzindo as perdas acumuladas na semana. Após atingir ontem o menor patamar em um mês, o mercado reagiu, acompanhando a sinalização do petróleo e diante de compras de barganha.
O barril do petróleo subiu diante das preocupações com o conflito no Oriente Médio. Fundos e especuladores aproveitaram para repor suas posições e acertar as carteiras. A semana foi de pressão, em meio aos fundamentos, a preocupação com o futuro dos juros nos Estados Unidos e o relatório baixista do Departamento de Agricultura americano, o USDA.
Os investidores ainda acompanham de perto as divergências entre as projeções de safra brasileira. O USDA manteve a previsão de 155 milhões de toneladas. Na quinta, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) havia cortado o seu número para 146,5 milhões de toneladas.
Hoje, Safras atualizou a sua estimativa. A produção brasileira de soja em 2023/24 deverá totalizar 151,246 milhões de toneladas, com um aumento de 1,78% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 157,83 milhões de toneladas. Na estimativa anterior, a projeção era de 148,601 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 14,75 centavos por bushel, ou 1,27%, a US$ 11,74 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 11,86 3/4 por bushel, com um ganho de 14,25 centavos ou 1,21%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 8,80 ou 2,62%, a US$ 344,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 45,89 centavos por libra, com uma baixa de 0,13 centavo ou 0,28%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,61%, sendo negociado a R$ 5,1212 para venda e a R$ 5,1192 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1072 e a máxima de R$ 5,1483. Na semana, a moeda teve uma valorização de 1,12%.