Para o presidente da Assembleia, a proposta apresentada por Lúdio Cabral, deve ser discutida principalmente no que se refere ao valor da tarifa.
O presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Eduardo Botelho (União), tentou explicar a discussão que resultou em um empurrão no deputado e também pré-candidato Lúdio Cabral (PT), durante a sessão ordinária desta quarta-feira (03.07). Em entrevista à imprensa, ele disse que defende uma ampla discussão sobre o projeto de Lei que obriga a licitação para concessão do BRT, mas alertou que estabelecer tarifa de R$ 1 seria demagogia.
“Houve uma discussão. Ele fez o projeto, que é importante ser discutido, e colocou duas cláusulas, a primeira que é sobre ter a licitação. Eu já tinha pedido, e aprovo isso, lógico. Mas tem outra que diz que a passagem vai ser R$ 1. Eu falei, levem para as comissões e discutam para saber se é viável, de onde esse valor vai sair”, explicou Eduardo Botelho.
Para o presidente da Assembleia, a proposta apresentada por Lúdio Cabral, deve ser discutida principalmente no que se refere ao valor da tarifa. “Não dá para aprovar um projeto com demagogia e mentiras para enganar o povo, só porque é período eleitoral. Depois vai falar que aprovou projeto de R$ 1 para o BRT, sendo que é algo que pode ser inviável. Não adianta vir com mentiras, não é por aí”.
A briga começou porque o médico pediu regime de urgência na votação do projeto. Lúdio chegou a conseguir 11 assinaturas, mas os deputados estaduais recuaram e votaram contra a urgência para a matéria. Durante a sessão, Lúdio ainda pediu que a votação fosse nominal, o que gerou descontentamento por parte do presidente da Assembleia. Botelho alegou que não havia necessidade de expor os colegas deputados e que o projeto pode tramitar pelas comissões sem regime de urgência.
Após a briga, Lúdio Cabral cobrou respeito e decoro por parte do presidente. “Todos me conhecem. Respeito é recíproco. Agora, não tem sentido o presidente da Assembleia perder a cabeça e partir para agressão física. Não tem sentido, porque isso não é compostura de que tem decoro parlamentar. Você precisa se desculpar. E é meu dever dizer isso. O senhor é pré-candidato a prefeito de Cuiabá, vai enfrentar a disputa, o debate e o contraditório, tem que ter paciência”.
Eduardo Botelho rebateu o colega afirmando que ‘é bom de briga’. “Eu não aceito aqui dentro a falta de respeito com os colegas. Eu respeito todo mundo aqui dentro, sempre tratei oposição e situação com respeito. E quando vir se dirigir a mim com respeito e com calma. Não adianta vir agressão pra mim, que vai receber agressão. Eu sou um cara que nasceu na rua. Apanhando de polícia quando fazia graça. Não aceito ninguém fazer graça com a minha cara. Se vier com respeito, terá respeito, se vier com briga, terá briga. Exijo respeito”.
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