quinta-feira, 21/11/2024
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VAI VOLTAR? Supremo Tribunal Federal começa a julgar suspensão do X/Twitter no Brasil

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Primeira Turma do STF tem até 23h59 para julgar se mantém ou não a decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu o X no Brasil

Pedro Spadoni 

logos de x e stf
(Imagem: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock)

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, nesta segunda-feira (02), a decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu o funcionamento do X (antigo Twitter) no Brasil. A Primeira Turma, que analisa a decisão, tem até as 23h59 desta segunda para determinar se a rede social continua suspensa ou não.

Até a publicação desta nota, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino tinham votado para manter o bloqueio da rede social de Elon Musk. Ainda faltam votar: Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

A análise é feita no plenário virtual, onde os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico do STF. Segundo o G1, a tendência é que a maioria dos ministros vote a favor de manter o bloqueio do X no Brasil.

Moraes vota para X continuar suspenso no Brasil – e multar quem usar VPN para usar a rede social

Em seu voto, Moraes diz que vota para “referendar a decisão [dele mesmo] no tocante à suspensão imediata, completa e integral do funcionamento do X em território nacional”.

Ainda de acordo com o texto do voto do magistrado, a suspensão valeria “até que todas as ordens judiciais proferidas nos presentes autos sejam cumpridas, as multas devidamente pagas e seja indicado, em juízo, a pessoa física ou jurídica representante [do X] em território nacional”.

Ministro do STF Alexandre de Moraes lendo documentos
O ministro Alexandre de Moraes votou a favor da suspensão do X em julgamento no STF (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O voto do magistrado também propõe a multa de R$ 50 mil para pessoas e empresas que usarem “subterfúgios tecnológicos” para continuar acessando o antigo Twitter – por exemplo: VPN.

Segundo o texto, as multas seriam destinadas “às pessoas naturais e jurídicas que incorrerem em condutas para fraudar a decisão judicial, com a utilização de subterfúgios tecnológicos (como por exemplo o VPN, entre outros) para a continuidade de utilização e comunicações pelo X”. Isso “enquanto durar a suspensão, sem prejuízo das demais sanções civis e criminais, na forma da lei”.

Suspensão do X no Brasil

O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do X no Brasil na última sexta-feira (30). Entre sexta e o último sábado (31), o acesso à rede social começou a ser limitado. Até domingo (1º), haviam relatos de que apenas usuários com “internet local” ainda conseguiam usar o antigo Twitter.

Moraes havia determinado que Apple e Google impedissem o uso do aplicativo em seus sistemas operacionais, iOS e Android. E retirassem o aplicativo do X de suas lojas virtuais. No entanto, o ministro reviu essa parte da decisão, permitindo que o próprio X atendesse às limitações impostas.

Logo do X em formato de app em um celular
Suspensão do X no Brasil começou na última sexta-feira ( (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

A decisão de Moraes gerou debates sobre a liberdade de expressão nas redes sociais. E sobre as obrigações legais dessas empresas enquanto atuam no Brasil.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) recorreu ao STF no sábado, solicitando revisão ou esclarecimento sobre a multa de R$ 50 mil. Segundo a entidade, multar “de forma genérica e abstrata” seria uma medida desproporcional. E que poderia atingir muitas pessoas que não deveriam ser responsabilizadas.

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