quarta-feira, 27/11/2024
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CENAS CHOCANTE DE GRANDE TRAGÉDIA AMBIENTAL: toneladas de peixes mortos em rio no Pará; assista

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A região da várzea do rio Amazonas, localizada a 30 minutos de Santarém (PA), vive um cenário devastador com uma mortandade em massa de peixes, que atingiu níveis nunca antes registrados na área. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. Desde o dia 11 de novembro, moradores da comunidade Igarapé do Costa observam a morte de peixes, começando pelas espécies mais frágeis, como pescada, cujuba e bacuzinho.

Com o passar dos dias, a tragédia se expandiu, afetando também espécies de maior valor comercial, como o surubim, e até os peixes mais resistentes, como pirapitinga e o pirarucu, símbolo do manejo sustentável na Amazônia.

O impacto da mortandade se estende também à fauna local, com jacarés, tartarugas e arraias sendo encontrados mortos ou em estado crítico. Alguns desses animais foram resgatados por moradores e levados para poças com água, mas em condições precárias. Estima-se que entre 15 e 20 toneladas de peixes tenham morrido apenas na área de Igarapé do Costa. O fenômeno ocorre em um cenário de seca extrema que afeta a região oeste do Pará, agravada pela falta de chuvas e pelo desaparecimento de igarapés e lagos. Em algumas localidades, a água restante nos cursos d’água é reduzida a filetes, dificultando tanto a pesca quanto a sobrevivência das espécies aquáticas.

A situação é ainda mais alarmante com a proliferação de urubus e garças, atraídos pelo cheiro das carcaças dos peixes mortos. A comunidade, composta por cerca de 500 famílias, depende da pesca para a sua subsistência. Erick Penna Ribeiro, presidente da associação local, afirmou que nunca havia testemunhado um evento tão devastador em seus 33 anos de vida na região.

Biólogos que visitaram o local sugerem que a mortandade possa ter sido provocada por um choque térmico causado por uma chuva que aqueceu as águas, resultando na falta de oxigênio. A temperatura da água alcançou 32°C, quando o ideal seria 28°C, o que teria contribuído para o desastre.

Embora a decomposição dos animais mortos represente um risco de contaminação, não há, até o momento, análises conclusivas sobre as causas do evento.

Apesar da gravidade da situação, a crise gerada pela seca e pela mortandade de peixes na região do Igarapé do Costa não resultou em ações efetivas dos governos municipal, estadual ou federal. A comunidade aguarda respostas científicas e apoio institucional, mas, até agora, os ribeirinhos receberam apenas um auxílio emergencial de dois salários mínimos do governo federal, considerado insuficiente para enfrentar os danos causados pela seca e pela perda de recursos naturais essenciais à sobrevivência local.

Fonte: Gazeta Brasil

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