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AÇÃO DE COMBATE A DENGUE EM MT: Saúde divulga primeiro boletim epidemiológico de 2016

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Lorrana Carvalho | SES-MT 

                  O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Casa Civil, realizou nesta quarta-feira (20.01) uma ação de mobilização para o combate ao mosquito Aedes aegypti. O evento contou com a presença do governador Pedro Taques, secretários de Estado, gestores municipais, agentes de saúde e de endemias (ACS/ACE), representantes da Policia Militar de Mato Grosso, do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso e da sociedade civil organizada.  Na ocasião, foi divulgado o primeiro boletim epidemiológico do ano de 2016 com os dados de dengue, chikungunya e zika em Mato Grosso.

As notificações registradas até 16 de janeiro somam 349 casos de dengue em todo o estado, o que representa uma incidência de 11 casos para cada grupo de 100 mil habitantes e uma redução de 23,9%, na comparação com o mesmo período de 2015. Dos 141 municípios mato-grossenses 85 (60,2%) não informaram os dados referente aos casos de dengue. Em relação à febre chikungunya e ao zika vírus, nenhum município notificou novos casos suspeitos no ano de 2016. Confira o boletim.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Maria de Lourdes Girardi, explica que existe um atraso na notificação por parte dos municípios, fazendo com que os números registrados sejam menores do que o esperado para o período. “Se compararmos o mesmo período de 2016 e 2015 teremos uma redução de 23,9% dos casos dengue, entretanto isso não significa realmente um sinal de declínio na incidência por que os números apresentam atraso na digitação por parte dos municípios, portanto o valor real pode ser maior que os registrados até o momento”.

De acordo com ela o atraso na notificação dos casos pode comprometer o monitoramento e aumentar a transmissão dos vírus da dengue, chikungunya e zika. “A SES monitora semanalmente a progressão dos casos e sem a notificação não conseguimos saber quais regiões apresentam mais casos e consequentemente as ações de combate e controle ao vetor não serão realizadas. Precisamos que os gestores municipais estejam em alerta e empenhados para atualizar os registros o mais rápido possível”, pontua a superintendente.

O alerta também vale para a população que precisa ficar atenta para os possíveis criadouros dentro das residências, evitando o acúmulo de água parada. Para isso, é necessário verificar se a caixa d’água está fechada de forma adequada; não acumular vasilhames, lixos e embalagens no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta.  

Ações

Para o combate ao mosquito Aedes aegypti o Governo do Estado apresentou durante o evento as medidas estabelecidas no Plano Emergencial de Enfrentamento à dengue, chikungunya e zika vírus. Entre as ações está assinatura do Termo de Cooperação entre o Governo do Estado e as prefeituras, que visa estimular e intensificar as ações de combate e controle do vetor, bem como assegurar incentivos financeiros estaduais que os municípios viabilizem as atividades .

Para tanto o Governo do Estado vai investir R$ 20.170.548,08. Deste recurso, R$ 13 milhões serão divididos por todos os municípios em partes iguais para aquisição de veículo automotor e equipamentos para atender a área de vigilância em saúde e R$ 7 milhões serão divididos entre os municípios de acordo com a população e poderão ser aplicado em ações de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti, conforme a demanda e necessidade de cada um.  Todas as ações terão o apoio e o acompanhamento dos Escritórios Regionais da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Além disso, foi anunciado pelo governador Pedro Taques um incentivo financeiro estadual para os Agentes Comunitário de Saúde (ACS) e para os Agentes de Combate às Endemias (ACE), com o objetivo de estimular e intensificar o trabalho realizado por estes profissionais, que são muito importantes dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Ambos trabalham com a comunidade da área, do bairro, da cidade ou da região rural para facilitar o acesso da população à saúde e prevenir doenças.

O pagamento da bonificação será no valor de R$ 200 por mês e terá duração de quatro meses consecutivos. Os recursos financeiros serão transferidos do Fundo Estadual de saúde aos Fundos Municipais de saúde, nos meses de fevereiro, março, abril e maio de 2016.

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