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Da Redação – Katiana Pereira
O procurador da República, Paulo Taek, da Procuradoria de Rondonópolis (210 km de Cuiabá), instaurou uma investigação criminal para apurar uma suposta lavagem de dinheiro, na ordem de R$ 10.285.377,00, que foi movimentado na conta corrente de uma lanchonete de pequeno porte, situada em uma estrada vicinal na zona rural de Dom Aquino (148 km da Capital).
Conforme a portaria, a Procuradoria de Rondonópolis recebeu relatos de que a empresa Mutum Lanchonete e Bar Ltda teria apresentado a movimentação financeira de R$ 10.285.377,00 – sendo R$ 5.137.321,00 em crédito; e R$ 5.148.056,00 em operação de débito- no perÃodo de maio e novembro de 2013.
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A denúncia relata ainda que o presidente da EGESA Engenharia S.A, Elmo Teodoro Ribeiro, transferiu R$ 175.000,00 para conta corrente da lanchonete. O procurador ressalta que Ribeiro, e a empresa que preside, são réus em Ação de Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que investiga um superfaturamento da obra de ponte sobre o Rio Tocantins, entre os municÃpios de Lajeado (TO) e Miracema (TO).
A lanchonete também recebeu um crédito de R$ 2.576.225,00 da Filadélfia Armazéns Gerais Ltda. “Considerando que a movimentação de altas somas em conta bancária, com um balanço próximo ao zero ao longo do perÃodo, sinaliza que esteja sendo utilizada, possivelmente, como instrumento de lavagem de dinheiroâ€, diz trecho da portaria instaurada no dia 20 de outubro deste ano.
Outro ponto questionado pelo procurador é o fato de um dos sócios da Mutum Lanchonete, Edimar Pereira Mundim, ser funcionário formal da empresa Três Irmãos Engenharuia Ltda, recebendo a quantia de R$ 1.498,00, para exercer a função de operador de máquinas.
Foi apurado ainda que a lanchonete está enquadrada no regime de microempresa, devendo ter uma renda bruta inferior a R$ 360.000,00, portanto incompatÃvel com a movimentação milionária.
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