quarta-feira, 22/01/2025
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Dilma anuncia reajuste da Bolsa Família e Imposto de Renda

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A petista anunciou também uma proposta de correção de 5% na tabela do Imposto de Renda a partir do ano que vem

                     A alteração é uma trava  para barrar a prática de contribuintes esconderem a renda de pessoa física abrindo uma empresa jurídica. São contribuintes que abrem empresa, mas prestam serviços típicos de pessoa física.

Folhapress

                      No ato organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) para o Dia do Trabalho, neste domingo (1º), a presidente Dilma Rousseff anunciou o reajuste do Bolsa-Família e correção na tabela do Imposto de Renda, além de criticar a oposição e dizer que o PT sofreu ameaça do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

                    Como esperado, a presidente anunciou reajuste do Bolsa Família com aumento médio de 9% para famílias. “Estamos atualizando um reajuste no Bolsa Família que vai resultar em um aumento de 9% para as famílias”, declarou. “A proposta não nasceu hoje, estava prevista desde agosto de 2015, quando enviamos Orçamento para congresso”, acrescentou.

                   “Tudo isso sem comprometer o cenário fiscal que eles gostam tanto de dizer que estamos comprometendo”, disse, referindo-se a críticas frequentes da oposição de seu governo. Apesar de anúncio, a área econômica de sua gestão foi contrária ao ajuste.

                     A petista anunciou também uma proposta de correção de 5% na tabela do Imposto de Renda a partir do ano que vem.

CRÍTICA A CUNHA
                 No discurso da presidente, Cunha foi o único político criticado nominalmente. O vice-presidente Michel Temer, que já está montando sua equipe ministerial, apareceu apenas em referências, sem ter seu nome explicitamente mencionado.

                             Dilma narrou a negociação com Cunha, réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção e lavagem de dinheiro, que queria se livrar da cassação de seu mandato: “Ele quer se ver livre do seu processo de cassação”.

                           O peemedebista ameaçou aceitar o processo de impeachment caso os três deputados petistas que pertencem à Comissão de Ética da Câmara não ajudassem a barrar o processo contra ele. Dilma explicou que foi assim que a ação de impeachment começou a tramitar, acrescentando que até o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso chamou a ação de Cunha de “ameaça”.

                     A petista também criticou a oposição, que, segundo ela, se mobiliza contra seu mandato desde que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) perdeu o segundo turno das eleições presidenciais para ela.

                         “Como perderam a eleição, eles se aliaram a traidores do nosso lado para fazer um golpe por eleição indireta”, falou.

SEM LULA
Confirmado para discursar no palco da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou na última hora a presença. Sob pressão da família, preocupada com o seu desgaste físico, o petista ligou para Dilma e informou que recebeu recomendação médica para não comparecer.

Rouco, ele disse à sua sucessora que estava “muito cansado” e que preferia preservar a voz para eventos nos próximos dias contra o impeachment, programados para todo o país pela Frente Brasil Popular, formada por movimentos de esquerda.

No telefonema, Lula disse a Dilma que precisa se cuidar, mas garantiu que estará ao lado dela nesta semana, véspera da análise pelo plenário do Senado da admissibilidade do pedido de impeachment.

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