quinta-feira, 21/11/2024
Banner animado
InícioSocialMulherSaúde da mulher: dados d mostram que é preciso avançar em questões...

Saúde da mulher: dados d mostram que é preciso avançar em questões como aborto e gravidez na adolescência

Banner animado

imagens  reprodução web

 

O Globo

               Tema ignorado nos debates do segundo turno da campanha eleitoral para presidente, a saúde da mulher tem sido assunto obrigatório na imprensa, que contabiliza inúmeras notícias de violência doméstica e mortes decorrentes de abortos feitos em redes clandestinas. Mesmo longe dos palanques políticos, o assunto passou a ser de muita importância em todas as classes sociais, em discussões que abordam ainda a insuficiência da rede de pré-natal, gravidez na adolescência, incidência de câncer de mama, mortalidade por câncer de colo de útero, partos cesáreos e curetagem pós-aborto.

                    Dados obtidos pelo Rio Como Vamos na base da Secretaria municipal de Saúde, comparando o ano de 2010 com 2013, revelam tanto uma situação complicada, como avanços na área para melhorar esse quadro. Segundo o secretário de Saúde, Daniel Soranz, o município do Rio praticamente não tinha políticas públicas voltadas para a atenção primária (atendimento básico à saúde).

— Isso não se cria de um dia para o outro. Em 2009, a cobertura de saúde da família era de 3,5% e, em 2013, subiu para 47%, englobando 2,8 milhões de moradores. Em 2015, a meta é chegar a 55% e, no ano seguinte, a 70%. Hoje são 72 Clínicas da Família — informa Daniel Soranz. — A melhor forma de combater esse quadro é ampliar cada vez mais o acesso à rede pública, investir na capacitação dos profissionais que atuam na atenção primária e fortalecer as ações de educação voltadas para a saúde.

O número de mães que fizeram menos de sete consultas de pré-natal (total considerado insuficiente) caiu bastante de 2010 para 2011 (de 27.855 para 23.005). Entretanto, de 2011 para 2013, permaneceu estável. O ano passado foi encerrado com 23.455 registros. Já a proporção de mulheres que fizeram sete ou mais consultas de pré-natal subiu de 65%, em 2010, para 71%, em 2013. O não acompanhamento adequado da gravidez pode acarretar mortalidade infantil neonatal precoce ou tardia.

TOTAL DE CESARIANAS CRESCEU

Outra questão importante é o número de cesarianas efetuadas nas redes pública e privada de saúde. Na comparação entre 2010 e 2013, o volume de operações aumentou de 47.223 para 49.877 (correspondendo a 57% do total de partos), depois de permanecer dois anos em torno de 45.500. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o percentual ideal de cesáreas é de 15% do total de partos, sendo tolerável até o patamar de 25%. A OMS destaca que, feito de forma indiscriminada, o parto cirúrgico pode trazer danos à saúde da mãe e do bebê.

A única meta relativa à saúde da mulher no Acordo de Resultados da Prefeitura do Rio refere-se à taxa de mortalidade materna, que inclui óbitos femininos ocorridos até 42 dias após o término da gravidez. A meta para 2014 é de 56,7 por cem mil nascidos vivos. Desde 2009, a Secretaria municipal de Saúde está investigando as mortes após o parto de mulheres em idade fértil, de 14 a 49 anos. O objetivo é esclarecer melhor os óbitos.

Ainda de acordo com o Rio Como Vamos, as internações na rede pública por curetagem pós-aborto de mulheres de 15 a 39 anos também está aumentando. Comparando-se 2010 com 2013, o total saltou de 5.509 para 6.530, um crescimento de 18,5%. Não é à toa que a mídia vem noticiando casos de abortos feitos em redes clandestinas e que, algumas vezes, resultam na morte da mulher.

— Acreditamos que a curetagem pós-aborto esteja subestimada e que esse número seja superior em pelo menos 50% — destacou o secretário municipal de Saúde.

Outra questão que requer cuidado redobrado é o percentual de mães adolescentes (com menos de 20 anos). Comparando-se o ano de 2010 com o de 2013, o indicador permanece praticamente estável em torno de 16% (em números absolutos, passou de 13.398 para 14.325 mulheres). A Secretaria municipal de Saúde tem o Programa de Saúde nas Escolas, em parceria com a Secretaria de Educação. Nele, professores e alunos de colégios na área de cobertura do programa Saúde da Família recebem orientação sobre educação sexual.

Postada por JL Pinddo Verdugo

ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!
- Anúncio -
Banner animado

MAIS LIDAS

Comentários Recentes