À esquerda, Santos, o presidente colombiano, aperta a mão do lÃder terrorista das FARC,   Rodrigo Londoño, no anunciado “acordo de paz†selado e “abençoado†pelo ditador  cubano Castro (no centro)
Gonzalo Guimaraens (*)
          O presidente José Manuel Santos, da Colômbia, acaba de regressar de Havana, onde anunciou, juntamente com o ditador Castro e as FARC, que está próximo um “acordo final de paz†que beneficiará generosamente os narcoguerrilheiros colombianos.
         Em sentido diametralmente oposto, em uma de suas declarações públicas na Colômbia após chegar de Havana, Santos advertiu com inusitada gravidade que os aproximadamente 1.300 cubanos que fugiram da Ilha-prisão e que se encontram na cidade de Turbo (na selva Darién), na fronteira com o Panamá, serão inexoravelmente deportados para Cuba.
          Essa desumana decisão foi confirmada pelo diretor de Imigração da Colômbia, Christian Krüger, que ao sair de uma reunião com o presidente Santos afirmou com não menor crueldade: “Aqueles que não abandonarem o paÃs voluntariamente serão deportados.â€
             A severidade de tal afirmação é agravada pelo fato de que, para os 1.300 cubanos — entre os quais há crianças, anciãos e mulheres grávidas — deixarem “voluntariamente†o paÃs, significa que deverão penetrar na selva de Darién, uma das mais fechadas e perigosas da América Latina e do mundo, empurrando-os para a morte quase certa.
Enquanto isso, o Papa Francisco, que durante sua visita a Cuba prometeu ir à Colômbia se o “acordo de paz†com as FARC fosse assinado, e que tanto falou sobre os direitos humanos dos imigrantes, pelo que nos consta, permanece em silêncio sobre o drama desses mais de mil cubanos prestes a serem devolvidos à Ilha-prisão. Por que as palavras do Papa e as posições “politicamente corretas†se aplicam somente aos imigrantes, sobretudo os muçulmanos, sendo delas excluÃdos os cubanos que fogem do regime comunista?
Trata-se de uma cruel injustiça e falta de misericórdia para com os oprimidos pelo regime comunista que clamam aos céus. Como explicar o silêncio do Papa Francisco ante o drama desses infelizes cubanos?
(*) Notas de “Destaque Internacionalâ€. Documento de trabalho, em 4 de agosto de 2016. Este texto, traduzido do original espanhol por Paulo Roberto CamposÂ
Fonte:Agencia Boa Imprensa (ABIM)