
Assessoria | PJC-MTÂ
 IlustraçãoDe acordo com o delegado Éverson Contelli, da PolÃcia Civil de São Paulo, a operação Adrenalina, desenvolvida em conjunto pela PJCMT e PCSP, permitiu que fossem colhidas relevantes informações do grupo criminoso. “A operação tem três objetivos principais. Dois já foram cumpridos, a produção de provas que desvelem autoria e materialidade, e a interrupção da série criminosa de condutas prejudiciais à sociedade, realizadas pelo telefoneâ€, explica.
A terceira meta é promover orientação detalhada junto à comunidade. “É de extrema importância para a PolÃcia Civil dialogar com a população para evitar que estes crimes aconteçam. Esperamos que com conhecimento, a população se torne preparada para responder de forma adequada à eventual abordagem criminosa. Para isso, com base nos quatro meses de investigações da Operação Adrenalina percebemos que cuidados básicos podem evitar muitos crimesâ€.
Golpe do Médico da UTI
Nesta modalidade um desconhecido se identifica pelo telefone como sendo diretor clÃnico de hospital, normalmente não dispõe de conhecimento técnico cientÃfico sobre tratamentos médicos e, por isso, menciona exames absurdos. O estelionatário trabalha com a fragilidade da famÃlia que tem um parente internado.
Como evitar: Desconfie de qualquer pedido de dinheiro pelo telefone proveniente de hospitais; contrate eventuais exames diretamente em uma clÃnica ou hospital; em caso de telefonema procure confirmar os nomes de todo o corpo clÃnico e retorne imediatamente a ligação para o hospital pelo número do telefone que você dispõe, nunca ao número fornecido pelo interlocutor; não deposite quantias em contas de desconhecidos.
Golpe do Falso Representante do MPF ou CGU
As vÃtimas escolhidas são secretários de educação de municÃpios. Neste tipo de golpe o interlocutor se identifica como sendo membro do Ministério Público Federal (MPF) ou da Controladoria-Geral da União (CGU). Normalmente não dispõem de conhecimento técnico jurÃdico ou contábil sobre eventuais convênios do MunicÃpio e, por isso, conta com as informações da própria vÃtima e dos funcionários da pasta.
O estelionatário trabalha com a hipótese de que a fiscalização causará algum tipo de prejuÃzo à s vÃtimas.
Como evitar: Desconfie de qualquer fiscalização por meio de telefone; em caso de telefonema procure confirmar os nomes dos funcionários e entre em contato com o responsável pelo órgão ou instituição; lembre-se que funcionários públicos não podem solicitar ou exigir dinheiro.
Golpe do Falso Sequestro
Um desconhecido se identifica como sequestrador, não sabe com quem está falando e não dispõe de qualquer informação, mas conta com o nervosismo da vÃtima para obter informações.
Como evitar: Mantenha a calma e não mencione nome de qualquer familiar que você imagina ser a vÃtima; em caso de telefonema procure ganhar tempo e entre em contato com o familiar (por outro telefone, por exemplo); nunca deposite quantias em contas de desconhecido; não acredite que ele está lhe observando. Provavelmente o golpista sequer sabe chegar à sua cidade ou bairro.
Operação Adrenalina
Deflagrada na terça-feira (31) a operação Adrenalina foi desenvolvida em conjunto entre as PolÃcias Civis de São Paulo e Mato Grosso, após quatro meses de investigação e levantamento de mais de 800 vÃtimas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Sul, Rondônia, Mato Grosso do Sul e também no Distrito Federal.
Na quinta-feira (02.02), as Instituições encerraram os interrogatórios em Mato Grosso e procederam à análise do material apreendido na operação realizada nas cidades de Rondonópolis, Cáceres, Cuiabá, Campo Verde e Sinop.
Nove dos 14 mandados de prisão temporária eram em desfavor de reeducandos da Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa (conhecida como Mata Grande), em Rondonópolis (212 km ao Sul), os outros alvos eram comparsas dos detentos que agiam fora da cadeia.
Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, um homem foi preso em flagrante na cidade de Sinop (503 km ao Norte de Cuiabá) por porte ilegal de munições, totalizando 13 presos na operação. Duas pessoas são consideradas foragidas e são alvos de diversas diligências policiais para captura imediata.
Na operação Adrenalina foram apreendidos 135 objetos entre celulares, computadores, acessórios de telecomunicação e documentos usados pelo grupo e que são de interesse das investigações. Sete dos celulares foram encontrados em celas dos presos da Penitenciária Mata Grande.
Os trabalhos mobilizaram 80 policiais civis (15 delegados de polÃcia e 65 investigadores e escrivães) e 25 viaturas das polÃcias civis dos dois Estados para o cumprimento dos mandados, incluindo Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da Regional de Rondonópolis, juntamente com os do Núcleo de Inteligência, coordenados pelo delegado Gustavo Belão. Os criminosos vão responder por estelionato, extorsão, lavagem de dinheiro e associação criminosa.







