POLÃCIA JUDICIÃRIA CIVIL
Investimentos modernizam gestão e atividade policial
Assessoria/PJC-MT
O delegado geral da PolÃcia Judiciária Civil, Anderson Garcia, disse que a Instituição avançou muito nos últimos anos em tecnologia, face a carência de recursos financeiros e humanos. “Essa é uma área muito importante para qualquer instituição, principalmente a policial. A PolÃcia Civil de Mato Grosso tem um sério déficit de recursos humanos, fora isso a velocidade da informação transmitida é gigantesca. Isso torna quase humanamente impossÃvel fazer análise de tanta informação para tomar decisão, seja ela no aspecto administrativo ou operacional, no cunho da investigação operacional”, destaca.
Conforme Garcia, diante da necessidade de melhorar os recursos tecnológicos para uso do policial na ponta, a Diretoria passou a fazer gestão para trazer investimentos na área. “Como nossos recursos orçamentários são pequenos, buscamos algumas soluções caseiras, e também trazer o que de melhor tem no mercado hoje”, afirma.
LAB-LD
Um dos investimentos foi a implantação, em março deste ano, do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), por meio de convênio com a Secretaria de Estado de Segurança Publica e o Ministério da Justiça. O Laboratório é uma importante ferramenta para produzir provas da movimentação financeira e tributária das quadrilhas que praticam variados crimes, entre eles o narcotráfico.
Sozinho o Laboratório trouxe R$ 2,6 milhões em transferência de tecnologia, softwares, hardwares e todos os equipamentos necessários para seu funcionamento, incluindo a capacitação dos servidores. O LAB-LD está com várias operações em andamento e deve apresentar seu primeiro resultado no começo de 2015.
 GEIAÂ
O GEIA é a “menina dos olhos” da atual diretoria. O Sistema, como define o delegado geral, Anderson Garcia, é um grande “guarda-chuva”, que embaixo dele ficam seis módulos: o modulo administrativo denominado “Argus”, responsável pelas informações de gestão de pessoa, imóvel, armamento, patrimônio, financeiro e o BEM, boletim estatÃstico mensal, que trata da produtividade das delegacias de polÃcia; o módulo operacional chamado de “Vinculum”, voltado a atividade fim da polÃcia, por meio de um banco de dados unificado de pessoas suspeitas que tiveram passagens como suspeito nas delegacias de polÃcia; o módulo Petargus, que é a carteira Blaster dos explosivos; módulo Precatórias, para gerenciar o atendimento de cartas precatórias da Polinter; e por último o “Lotus”, que ainda está em elaboração, para gerenciar a rotina administrativa da Diretoria de Inteligência.
“Esse é o grande sistema Geia, um dos grandes legados que deixamos aos nossos sucessores durante a nossa gestão. Um sistema administrativo que facilita a atuação do gestor, que tem informações suficientes para que possa planejar e executar de forma melhor, tendo metas e comprando os resultados”, explicou Garcia.
QlikView
Outra ferramenta adquirida recentemente é o QlikView, um software que projeta dados estatÃsticos gerenciais para acompanhamento em tempo real das ocorrências policiais, por área, tipificação, unidade policial e entre outros detalhamentos que podem ser solicitados, devido a integração ao banco de dados o Sistema de Registro de Boletim de Ocorrência (SROP).
 De fácil gerenciamento, o software traz informações de assessoramento para tomada de decisões em nÃveis estratégicos, gestão e tático operacional. “O QlikView possui como bases de dados o próprio Sistema de Registro de Boletim de Ocorrência ( SROP), por isso a importância do preenchimento correto do boletim e ele constar na base da PolÃcia Civil”, destaca Anderson Garcia.
Inquérito Eletrônico
Há dois anos sendo elaborado, o inquérito eletrônico, chamado também de módulo “Gênesis”, por estar inserido no GEIA, é dos produtos mais importante do trabalho cartorário de escrivães e delegados, principalmente. O IP eletrônico está em teste na 2ª Delegacia de PolÃcia (Carumbé), sendo acompanhado por técnicos da Coordenadoria de Tecnologia da Informação, da Secretária de Segurança Pública, e da Fábrica de Software da Academia de PolÃcia, responsáveis por colocar em funcionamento a ferramenta. “Já está em operação na 2ª DP e vem caminhando muito bem, vai funcionar em qualquer unidade, do Estado”, acredita Garcia.
O Inquérito Eletrônico é uma ferramenta que otimiza o tempo na elaboração dos procedimentos policiais. “O sistema traz agilidade e dá maior controle ao gestor da unidade que poderá acompanhar o andamento do inquérito policial e assessorar a diretoria na tomada de medidas estratégicas, uma vez que teremos acesso à s informações dos procedimentos das delegaciasâ€, destaca o  delegado geral.
Ônibus/Delegacia Móvel
Um ônibus adaptado para ser uma Delegacia Móvel foi recebido pela PolÃcia Judiciária Civil durante a Copa do Mundo, em Cuiabá. O veÃculo foi comprado pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça (Sesge/MJ), distribuÃdo as 12 cidades-sedes da Copa do Mundo 2014.
O veÃculo foi adaptado para executar toda a atividade de uma delegacia convencional de polÃcia, com sistema completo de telefonia, equipamentos de informática para confecção de procedimentos e impressão de documentos, televisor Led, sistema de videomonitoramento externo e interno, cozinha com geladeira, bebedouro, forno microondas, cafeteira, mobilhas (armários, mesas, cadeiras), entre outros.
Finalizada a Copa do Mundo, a Delegacia Móvel está sendo empregada nas operações Lei Seca, na Capital e interior.
Armamento
Um total de 648 novas armas foram adquiridas, entre os anos de 2012 e 2014, para renovar o armamento da PolÃcia Judiciária Civil. Foram compradas pistolas .40, espingardas calibre 12, fuzis, submetralhadoras 40 e submetralhadoras 9mm, além de 1.104 mil munições letais e não letais, para treinamento e uso nas atividades policiais. Ainda foram adquiridas 730 algemas.
 No final de novembro, 20 submetralhadoras SMT 9mm, portátil, mira holográfica e lanterna embutida foram entregues a Gerência de Operações Especiais (GOE). O armamento é o que tem de mais moderno no mercado e é utilizado no cumprimento de mandado de prisão de alto risco e resgate de reféns. É um armamento letal, preciso e de fácil manuseio, destinado às equipes táticas.
  As aquisições foram feitas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e a PolÃcia Judiciária Civil, e também por meio de convênios com a Secretaria Nacional de Segurança (Senasp) e dentro da Estratégia Nacional de Segurança Pública na Fronteira (Enafron), do Governo Federal.