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Sessão especial do Dia Mundial do Rim chama a atenção para saúde da mulher

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 Pedro França/Agência Senado

           A doença renal crônica afeta aproximadamente 195 milhões de mulheres em todo o mundo e atualmente é a 8ª causa de mortalidade nesta população com cerca de 600 mil mortes por ano. Um estilo de vida saudável, com alimentação adequada, consumo regular de água e a prática de exercícios físicos ajuda a prevenir a doença, conforme destacaram especialistas em sessão especial nesta quinta-feira (8) para marcar o Dia Mundial do Rim.

             Criado em 2006 pela Sociedade Internacional de Nefrologia, o evento integra campanha global destinada à conscientização da importância dos rins. A data é comemorada na segunda quinta-feira do mês de março. Neste ano, a data coincidiu com o Dia Internacional da Mulher, o que reforçou a atenção a esse público. Com o tema “Saúde da Mulher – Cuide dos seus Rins”, o objetivo do Dia Mundial do Rim de 2018 é promover a prevenção das doenças renais e estimular os cuidados com a saúde da mulher.

            Dados da Sociedade Internacional de Nefrologia apontam que a prevalência da Doença Renal Crônica é maior em mulheres (14%) do que em homens (12%). De cada cinco homens e quatro mulheres com idades entre 65 e 74 anos, um sofre com problemas nos rins.

Além de um estilo de vida mais saudável, o diagnóstico precoce é importante para garantir tratamento adequado, conforme destacou o senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), que é médico. Mas o parlamentar lamenta a falta de atenção do governo federal e a dificuldade para os pacientes encontrarem o serviço de diálise em sua cidade.

— Existe um verdadeiro descompasso. Em muitas localidades há um verdadeiro vazio assistencial e pacientes precisam viajar horas e horas para ter atendimento — apontou o senador, que propôs a realização da sessão.

Ampliação

A necessidade de ampliar a rede de atendimento e aumentar o número de transplantes de rins também foi ressaltada por Jonas Cavalcanti, da Associação de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil.

— Há estados que são referência mundial como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas infelizmente há estados que não têm transplante renal, como é o caso da maioria dos estados do Norte e do Nordeste — comparou.

Yussif Ali Mere Júnior, da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante, pediu mais empenho do Ministério da Saúde na ampliação da rede de atendimento aos pacientes com doenças renais.

— Temos que dar um puxão de orelha no nosso Ministério da Saúde. O diálogo ainda é truncado. Não chega a resultados de fato. Os vazios assistenciais não só permanecem, mas se acentuam na questão do tratamento de terapia renal substitutiva — disse.

Além de mais afetadas pela doença, as mulheres acabam tento menos tempo para cuidar de sua saúde em razão da tripla jornada de trabalho que ainda enfrentam no dia a dia, como registrou a deputada Carmem Zanotto (PPS-SC).

— As dificuldades do renal crônico são muitas. E a mulher precisa duplamente cuidar da saúde e em especial cuidar dos seus rins — ressaltou.

Prevenção

O presidente da Federação das Associações de Renais e Transplantados do Brasil (Farbra), João Adilberto Xavier, disse que a prevenção é o melhor caminho para enfrentar a doença renal crônica.

— A prevenção tem que ir mais fundo. A OMS (Organização Mundial de Saúde) nos chama a atenção que os alimentos industrializados, os agroquímicos e a baixa ingestão de água são alguns dos fatores que causam a falência dos sistemas renais do corpo — sublinhou.

Segundo Kleyton Bastos, da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a Doença Renal Crônica é silenciosa, o que dificulta o diagnóstico.

— A grande maioria dos renais crônicos tem morte cardiovascular precoce. A grande maioria infelizmente não tem diagnósticos simplesmente porque morre antes. Falta estrutura para atendimento dessa população — alertou.

Os senadores Elber Batalha (PSB-SE), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Hélio José (PROS-DF) também enfatizaram que o governo e o Congresso Nacional precisam reforçar a atenção à prevenção das doenças renais e estimular os cuidados com a saúde da mulher.

Agência Senado

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