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Por Dra. Laura Oliveira Gonçalves, psicóloga.
       Quem nunca se pegou perguntando a si mesmo “onde foi que errei?â€, seja num término de relacionamento ou mesmo em algum momento complicado da vida, todos nós já nos questionamos onde está o erro. A indagação fere, machuca o eu interior, e as respostas, nem sempre são tão simples como imaginamos, até porque envolve diversos fatores.
       Para a mãe que tem um filho dependente quÃmico, ou com algum “desvio de conduta†ou algum tipo de problema que o diferente perante a sociedade, a culpa será puxada para si, e o “onde foi que erreiâ€, será uma eterna dúvida. Já atendi diversas mães que se martirizam achando que a culpa é dela, mas busco direcionar para a análise do todo, procurando sempre o equilÃbrio para atenuar e curar. Pois, somente assim, com aceitação e amor a realidade pode ser transformada.
Nem sempre as coisas irão ocorrer conforme nosso desejo ou programação, mas isso não quer dizer que é um erro, mas apenas que vida real não segue um script, ela é vivida e devemos aproveitá-la ao máximo, independente dos tropeços e problemas diários.
Todos nós em algum momento da vida nos indagamos “onde foi que erreiâ€, e para amenizar essa dor, nada melhor que entendê-la! Sim, entender melhor pode ser o bálsamo apaziguador.
No caso de relacionamentos, sejam amorosos, familiares ou mesmo profissionais, é válido compreender que foge mais ainda a nossa governabilidade, visto que haverão mais partes envolvidas. E no caso do fim de um relacionamento amoroso, o ponto final virá de uma das partes, ou do consenso de ambas. E para evitar feridas profundas, é necessário analisar os fatos, os motivos e quando necessário realizar a intervenção para melhorá-los.
Com a criação dos filhos ocorre à mesma coisa, o indivÃduo é único, e mesmo sendo dos mesmos genitores, criados da mesma forma terão aptidões diferenciadas, e isso não é um erro dos pais, apenas a forma com que o outro responde a vida.
O diferente, nem sempre é ruim… Não seguir roteiros propicia uma série de possibilidades, novos conhecimento e oportunidades, e precisamos avaliar sempre os pontos positivos, impulsionando estes e absorvendo os que necessitam ser melhorados.
E como não deixar esse questionamento virar uma ferida para a alma? FALAR é o melhor caminho para evitar feridas na alma… Colocar para fora todos os sentimento, angustias, frustrações e tudo mais que estiver engasgado.
O diálogo direcionado, com ajuda profissional, abre a mente e trabalha os sentimentos de forma assertiva. O ser humano NECESSITA DE DIÃLOGO, e por isso é tão essencial à intervenção terapêutica. Outro ponto que auxilia muito é viver mais leve, sem cobranças extremas, principalmente quando o resultado não depende apenas de nós e da nossa vontade.
Com mudanças simples, é possÃvel melhorar em muitos aspectos a vida, e assim entender e aceitar, mudando o “onde foi que erreiâ€, para “o que aprendi diante deste fato!â€
Somos seres pensantes e perfeitos dentro de nossas imperfeições, e para encontrar a causa e mudar os efeitos, precisamos cuidar melhor do “eu interiorâ€, e nos amar mais…
Procure ajuda profissional, se entenda e viva melhor!