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Ao todo, no Brasil 47,6 mil mulheres foram estupradas em 2014; no Estado do Rio de Janeiro, foram 5,7 mil casos

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Estadão Conteúdo

                        O estupro coletivo que aconteceu no Rio nesta semana é “o caso mais grave já ocorrido no Brasil”, afirmou Samira Bueno, cientista social e diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), organização não governamental (ONG) que formula análises e pesquisa as estatísticas sobre a violência no País.

Como apenas de 30% a 35% dos casos são registrados, é possível que a relação seja

BBC

                Como apenas de 30% a 35% dos casos são registrados, é possível que a relação seja “de um estupro a cada minuto”

                 A especialista lembra que, até então, o episódio mais chocante havia sido o das quatro meninas do Piauí. No caso carioca, disse Samira, além da quantidade de agressores, choca o fato de nenhum dos envolvidos ter tentado impedir a violência e “ainda terem postado o vídeo nas redes, se orgulhando do que fizeram”.

             “O que chama a atenção é a brutalidade em pensar que mais de 30 homens estupraram a adolescente e nenhum deles, em momento algum tentou impedir”, disse ela, que ressalta ainda o aspecto cultural da violência. “O estupro está vinculado à cultura machista e misógina, que entende que os homens têm direito de ferir a mulher.”

             As estatísticas das Secretarias de Segurança Pública de todo País, reunidas pelo FBSP, mostram que mulheres de diferentes classes e raças são violentadas, “embora as negras sejam as principais vítimas letais”, segundo a cientista social. A vítima do estupro coletivo não é negra.

Redes

                        Na quinta-feira (26), as redes sociais foram inundadas de campanhas contra a violência sexual contra mulheres. Fotos de perfis foram cobertas com as frases “Precisamos falar sobre a cultura do estupro” e “Eu luto pelo fim da cultura do estupro”. Em outra campanha, a imagem de uma mulher sangrando, pendurada como Jesus à cruz, era disseminada nas redes. Usuários ainda compartilharam mensagens como “Não foram 30 contra 1, foram 30 contra todas. Exigimos justiça!”.

Com

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2016-05-27/uma-mulher-e-violentada-a-cada-11-minutos-no-brasil.html