AUMENTA O NÚMERO DE MICROCEFALIA EM RONDONÓPOLIS: Estado prepara plano de ação

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    Índice de microcefalia no Brasil mais que superou a média anual, conforme Ministério da Saúde

    SÍLVIA DEVAUX/blogdoantero

     

    Mato Grosso apresentou de 2014 para 2015 a incidência de mais de 777 casos de dengue para cada 100 mil habitantes. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT), o que representa um aumento de mais de 133%. A superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Maria de Lourdes Girardi, explicou que isso já coloca Mato Grosso em alerta uma vez que acima de 300 é considerado epidemia. 

     

    O secretário SES/MT, Eduardo Bermudes, apresentou à imprensa regional na tarde desta sexta-feira (27) a preocupação do Estado em eliminar os focos do mosquito aedes aegypti, o vetor da dengue e também da chikungunya e zika vírus que vem sendo investigado por ter relação com casos de microcefalia neste ano. Doença em que o recém-nascido apresenta má-formação do cérebro que pode levar a problemas graves no desenvolvimento da criança.

     

    Conforme a Secretaria de Estado de Saúde, o estado registrou aumento de microcefalia no último ano. Enquanto no ano passado foram seis casos, agora em 2015 já são 58; 54 desses na região de sul de Mato Grosso, sendo 46 Rondonópolis, 4 Pedra Preta, 1 Alto Araguaia, 1 Alto Garças, 1 Jaciara e 1 São José do Povo.  São casos que a SES já está monitorando e investigando se há relação ao zika.

     

    Na última semana, o Governo Federal que é ‘altamente provável’ a ligação entre zika e microcefalia em casos nos estados do Nordeste do país. Em pouco mais de três meses, o Brasil já registra 399 casos notificados de recém-nascidos com microcefalia. Índice que mais que superou a média anual, segundo o diretor de vigilância de doenças transmissíveis no Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

     

    Em todo o país, diversas campanhas são desenvolvidas para controlar o mosquito e evitar principalmente que as gestantes peguem qualquer um dos vírus transmitidos pelo aedes aegypti. A médica pediátrica Silbene Lotufo Müller explicou que somente 20% das pessoas que contraem o zika apresentam os sintomas, como febre, dor nas articulações com possível inchaço, dor muscular, dor de cabeça e atrás dos olhos, além de erupções cutâneas acompanhadas de coceira. 

     

    O Governo de Mato Grosso lança na próxima semana um plano estratégico de controle epidemiológico.