
Rui Matos
Divulgação

Em março de 2015 mais de 40 mil pessoas foram às ruas em Cuiabá
             Dois meses após receber 2 milhões de assinaturas de apoio a projeto anticorrupção, encaminhadas por entidades da sociedade civil, a Frente Parlamentar de Combate à Corrupção da Câmara ainda não realizou nenhuma ação no sentido de discutir e aprovar o conjunto de 10 medidas que teve o aval do Ministério Público Federal (MPF).
            Por conta disso, movimentos sociais como o Muda Brasil, Vem Pra Rua, Avança e Corrupção Nunca Mais, já organizam um mega protesto no PaÃs para o dia 31 de julho. A intenção é repetir as ações realizadas nos protestos Pró-Impeachment, quando mais de seis milhões de pessoas foram à s ruas pedir o afastamento da então presidente, Dilma Rousseff (PT).
           “Nossa intenção foi propor medidas que tenham como eixo central a busca pelo aperfeiçoamento da legislação, tanto no campo repressivo quanto no preventivo à corrupçãoâ€, contou Junior Macagnan, do Movimento Vem Pra Rua. O desabafo chega próximo à decepção. Segundo ele, ao ignorar dois milhões de brasileiros, a Câmara deixa claro que não tem compromisso com a sociedade.
            Antonio Passos é Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil e participou ativamente da coleta de assinaturas entre os maçons de Mato Grosso. Para ele, a impunidade alimenta a corrupção e cabe ao Congresso Nacional promover uma mudança profunda na legislação. “É um combustÃvel para a corrupção, considerando o fato de que a falta de perspectiva de resposta acaba incentivando as práticas delitivasâ€, disse Passos, ao Blog do Antero.
           Uma das lÃderes do Muda Brasil, a empresária Marli Tiecher, acredita que se a Frente Parlamentar de Combate à Corrupção da Câmara não atender aos anseios da sociedade, vai colocar em risco tanto o resultado final do impeachment, quanto os desdobramentos da Operação Lava Jato.
            Junior Macagnan observa que os resultados da Lava Jato poderão acelerar o debate das medidas a serem enviadas ao Congresso. “As investigações são de grande envergadura e todas elas têm colocado em evidência o tema do combate à corrupçãoâ€, avaliou. “Se conseguirmos passarmos o Brasil a limpo vai sobrar pouco gente séria na polÃticaâ€, finalizou Marli Tiecher.
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