segunda-feira, 04/12/2023
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Chega! Os ataques à escolas têm de acabar

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   KENYA SCHOOL

REUTERS/Thomas Mukoya

http://www.brasilpost.com.br

                                   

   Depois de Paquistão, Nigéria e Sudão do Sul, um quarto país se tornou a mais recente vítima de abomináveis ataques terroristas contra estudantes e estabelecimentos educacionais.

        Atiradores invadiram a Garissa University College, no Quênia, copiando táticas usadas pelo Estado Islâmico e por grupos africanos e asiáticos ligados à Al-Qaeda.

                  Eles tomaram reféns durante um culto religioso e atiraram em estudantes inocentes –como relatou uma testemunha -, causando pânico em uma cidade a apenas 140 km da fronteira com a Somália.

                         Tiroteio e sequestro são partes de um novo padrão perturbador segundo o qual os terroristas buscam exposição por meio de atentados contra jovens dentro de suas próprias escolas. Esse mais recente ataque acontece quase um ano depois de o Boko Haram sequestrar mais de 200 meninas em Chibok, na Nigéria, uma incursão similar no Paquistão, onde meses atrás cerca de 130 estudantes foram assassinados, e dosequestro de crianças no Sudão do Sul, para serem soldados.

O atentado foi realizado pelo grupo extremista al-Shahab, o mesmo responsável pelo ataque contra o shopping center Westgate, em Nairóbi, a capital queniana, dois anos atrás. Na ocasião, 67 pessoas morreram.

Enquanto escrevo esse artigo, 147 dos 815 alunos da universidade queniana estariam mortos. Dezenas ficaram feridos.

O crescimento sinistro dos ataques contra escolas tem de terminar. É importante que mandemos uma mensagem agora: ataques contra escolas, faculdades e universidades são crimes contra a humanidade. Estabelecimentos educacionais são vistos como refúgios seguros e merecem a mesma proteção dos hospitais da Cruz Vermelha, segundo a Convenção de Genebra. Essa nova ênfase em proteção está no cerne da recente Declaração sobre Escolas Segura, que todos os países devem apoiar antes da conferência marcada para 1º de junho em Oslo (http://www.protectingeducation.org/draft-lucens-guidelines-protecting-schools-and-universities-military-use-during-armed-conflict).

Venho trabalhando de perto com Leila Zerrougui, a representante especial do Secretariado Geral da ONU para Crianças e Conflitos Armados, para garantir que todos os ataques contra escolas sejam documentados e relatados ao Conselho de Segurança. O objetivo é que o sequestro de crianças em escolas seja uma violação que dispare um processo para que as organizações terroristas sejam listadas no relatório anual do secretário-geral para o Conselho de Segurança.

Houve quase 10 mil ataques contra escolas e estabelecimentos educacionais nos últimos anos. Devemos apoiar o Conselho de Segurança para que ele use todos os meios à sua disposição para acabar com esses ataques contra a educação, incluindo ação diplomática, mediação, sanções e reabilitação de meninos e meninas.

Ao nos aproximarmos do primeiro aniversário do sequestro das meninas de Chibok, os ataques a escolas – apesar da revulsão mundial contra o uso de meninas e meninos como instrumentos de guerra – estão aumentando.

Nossas preces estão com as vítimas e reféns do ataque no Quênia. Pedimos sua pronta liberação, assim como a das mais de 200 meninas sequestradas na Nigéria, dos 89 meninos abduzidos no Sudão do Sul em fevereiro e dos vários jovens e crianças inocentes que simplesmente querem exercer seu direito à educação. Os ataques têm de acabar – e as crianças precisam ter o direito de aprender livres de medo e violência, em escolas seguras.

Este artigo foi originalmente publicado pelo The World Post e traduzido do inglês.
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