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Delegacias da capital ficaram vazias durante toda esta terça-feira (24), os servidores aderem greve de 48 horas  cobrando pagamento da RGA, e governo diz que prioriza salários.
            A paralisação por 48 horas dos servidores estaduais de Mato Grosso, que teve inÃcio nesta terça-feira (24), afetou vários serviços essenciais para a população. Entre as classes que cruzaram os braços estão a PolÃcia Civil, a PolÃcia Militar e o Corpo de Bombeiros. Os crimes, mesmo os mais graves, não serão investigados. Durante este primeiro dia de paralisação, as delegacias de Cuiabá estiveram vazias.
Os servidores cobram o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), que neste ano é de 11,28%. O governo, por sua vez, alega que não tem como pagar a recomposição este mês e e que a prioridade, neste momento, é manter os salários em dia.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva, somente delegacias que registram crimes contra pessoas, contra a mulher e a Central de Flagrantes funcionarão em Cuiabá.
“Não investigaremos nem hoje (24), nem amanhã (25). Atenderemos somente os flagrantes que forem conduzidos para nós por meio da PolÃcia Militarâ€, explicou.
Cledison afirmou, ainda, que os servidores estaduais devem se reunir novamente para estudar a possibilidade de realizar uma greve geral por tempo indeterminado a partir do 31 deste mês.
De acordo com Wander Nunes de Siqueira, presidente da Associação dos Oficiais da PolÃcia e Bombeiro Militares de Mato Grosso (Assof), os trabalhadores “não estão atuando com toda a satisfação que gostariam porque sabem que a paralisação prejudica a sociedade e os próprios profissionais”.
Servidores irão permanecer de braços cruzados nesta quarta-feira (24) (Foto: Reprodução/TVCA)Outro lado
O governo de Mato Grosso comunicou que pagará o RGA somente se conseguir aumentar a arrecadação do estado. De acordo com o governo, a prioridade, neste momento, é manter os salários dos servidores em dia.
A proposta de pagamento do RGA em duas parcelas, uma de 7,5% em maio e outra de 3,77% em junho, apresentada pela Assembleia Legislativa ao Poder Executivo, foi negada com a justificativa de que essa conta ultrapassaria o limite de gastos com pessoal previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e que, por isso, causaria um grave impacto na administração pública.
Além disso, o governo pontuou que, além de Mato Grosso, outros 24 estados brasileiros não concederão o RGA aos servidores, e que isso se deve à crise financeira nacional.







