
         Foi lançada em Mato Grosso, na manhã da quinta-feira (7 de julho), a campanha ‘Coração Azul’, que combate o tráfico de pessoas e estimula a denúncia dessa prática criminosa. A solenidade de abertura ocorreu na Universidade de Várzea Grande (Univag), durante um seminário sobre o tema. O evento prossegue até amanhã (8 de julho), com objetivo de disseminar informações, sensibilizar a sociedade e encorajar as pessoas a denunciar.
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         A campanha é uma iniciativa do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) da ONU e teve a versão brasileira lançada em 2013 pelo Ministério da Justiça e o Escritório de Ligação e Parceria do UNODC no paÃs. Em Mato Grosso, o Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Cetrap) está à frente do projeto. InstituÃda em outros 10 paÃses, ela tem como sÃmbolo o Coração Azul, que representa a tristeza das vÃtimas deste tipo de crime e lembra a insensibilidade daqueles que compram e vendem seres humanos.
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O juiz do Tribunal de Justiça de Goiás e membro do Comitê Gestor de Enfrentamento ao Tráfico de Seres Humanos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Rinaldo Aparecido Barros, foi um dos palestrantes do seminário. Ele falou sobre ‘Marco Legal e Tráfico de Pessoas’ e ressaltou que esse crime envergonha a humanidade, justamente porque normalmente ocorre a partir do sonho de uma pessoa em ter uma vida melhor. Segundo o magistrado, a vÃtima se torna um alvo, uma presa para o traficante que se aproveita da vulnerabilidade dela.Â
“É um crime que transforma o ser humano em uma coisa, um objeto de exploração. É importante que a população tenha consciência da existência desse crime e da gravidade dele, pois tem muita gente que não acredita que seja possÃvel uma pessoa explorar outra a esse ponto†ponderou Rinaldo Barros.
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Conforme relato da coordenadora do Cetrap, Dulce Regina Amorim, a situação é grave, pois há um grande Ãndice de pessoas sendo traficadas e a maior dificuldade é a notificação dos casos. “Então toda essa campanha é para sensibilizar os cidadãos para que possam entender, identificar e denunciar os casosâ€, disse.
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Além do seminário, a campanha terá distribuição de material socioeducativo, atos públicos e entrega de panfletos em rodoviárias e no Aeroporto Internacional Marechal Rondon. As atividades prosseguem até o mês de agosto.
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 Assessoria de Comunicação CGJ-MT






