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Folhapress
         A impopularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) virou notÃcia da revista inglesa “The Economist”, segundo a qual a petista, apesar de ainda permanecer no Planalto, não está mais no poder.
           De acordo com a publicação, não é mais Dilma ou o PT que toma as decisões do governo. A reportagem cita, por exemplo, que a condução da economia está nas mãos do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, descrito como um economista treinado na escola liberal de Chicago, com perfil agressivamente voltado para a responsabilidade fiscal.
         Já o controle do Congresso está nas mãos do aliado governista PMDB, ressentido com o PT, que retém o comando dos principais ministérios. A vingança, diz a revista, veio na forma do deputado peemedebista Eduardo Cunha, eleito presidente da Câmara.
        “Ele conseguiu a cabeça de quatro ministros em dez semanas de cargo”, diz o texto. Trata-se de alusão à s demissões de Pepe Vargas, que saiu de Relações Institucionais e foi para Direitos Humanos; Ideli Salvatti, ex-ministra de Direitos Humanos; Cid Gomes, que deixou a Educação após um embate direto com Cunha; e Vinicius Lages, que deixou o Turismo para abrir caminho a Henrique Eduardo Alves, aliado de Cunha.
          A reportagem aponta ainda que Dilma, visando se reaproximar do Legislativo, delegou ao seu vice,  Michel Temer (PMDB), a articulação polÃtica. Para isso, entregou a ele o poder de nomear o segundo escalão do governo.
         Até a permanência da presidente no cargo parece incerta, de acordo com o texto. A deterioração da economia, atribuÃda pela revista aos erros do primeiro mandato, e o escândalo de corrupção na Petrobras acabaram com a popularidade de Dilma.
           Além de citar os manifestantes, que protestam contra o governo, a “Economist” faz alusão à pesquisa Datafolha de abril, que indicou que 63% da população quer que a presidente sofra um impeachment.
Imagem destaque reprodução web
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