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       Segundo a idealizadora do site HelpHer, as agressões pioraram quando ela decidiu se separar. “Por ele não aceitar a separação, infelizmente veio a me machucar, ele quebrou o meu maxilar. Foi um perÃodo difÃcil, morava longe da minha famÃlia, mas a partir da minha decisão, consegui o apoio dos meus pais, das minhas irmãs, da minha famÃlia em si e foi dessa forma que consegui me restabelecer psicologicamenteâ€, relata.
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          Segundo Paulo a última agressão aconteceu em 30 de junho de 2015, o ex-marido foi preso em flagrante e agora responde o processo em liberdade após pagar fiança. “Eu já tinha feito outros boletins de ocorrência, mas o último foi crucial, o que gerou a prisão dele. Vizinhos escutaram meu pedido de socorro e acionaram a polÃcia. Graças a eles estou viva e posso contar um pouco da minha história e auxiliar outras mulheres que também passaram ou passam por isso e não têm coragem de denunciarâ€, acrescenta.
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         Paula explica que o site HelpHer, tem quatro pilares. É uma plataforma de interesse coletivo e traz nesses pilares a base para que a mulher possa se reestruturar psicologicamente, juridicamente, ter emprego e renda e até mesmo fazer um financiamento coletivo ou ter uma nova oportunidade de recomeço de vida.
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       A ferramenta possibilita troca de experiências entre as vÃtimas de agressão. Paula garante que atende a todas as mulheres que procuram o site dando um atendimento inicial necessário, de orientação à s mulheres. “Nosso grupo conta com psicóloga, advogada e gestor empresarial para dar orientação na área de emprego e rendaâ€, comenta Paula.
       Convidada para ir à cidade de São Paulo, participar de um projeto, Paula teve a oportunidade de conversar com os responsáveis pelo site Kickante, uma plataforma de financiamento coletivo que acolheu o projeto HelpHer. “Dessa forma avaliamos a necessidade real das mulheres e a oportunidade que elas poderiam encontrar na página de financiamento coletivo, para se reestruturar financeiramente com o apoio da famÃlia e amigos e até mesmo de conhecidos ou pessoas sensibilizadas com a causa da mulherâ€.
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Por causa da última agressão em que Paula foi atingida no rosto, ela ficou com sequelas e foi diagnosticada com uma disfunção na articulação temporo mandibular (DTM). Para resolver o problema precisará passar por uma cirurgia que custa mais de R$ 7 mil, por isso aproveitou o contato com a Kickante para tentar arrecadar o valor necessário para o procedimento.
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A plataforma ganhou visibilidade já nos primeiros meses de funcionamento e em novembro de 2016 foi validado um modelo de negócio para mapear as áreas de risco e promover segurança (MapRisk) durante o startup Weekend Smart Cities, realizado na Arena Pantanal em Cuiabá.
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Já em dezembro outro modelo de negócio também ganhou validação por meio do site, o “Você Protegidaâ€, no evento Startup Weekend Women em São Paulo. Esse modelo é um dispositivo de segurança voltado para o público feminino que aciona socorro em caso de emergência por comando de voz.
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O próximo passo agora é o lançamento de um aplicativo que também está sendo criado por Paula Regina. “Desenvolvi um protótipo do aplicativo que terá todas as ferramentas necessárias para ligar a mulher vÃtima de violência aos anjos, que é como eu chamo os voluntários do HelpHer (advogados, psicólogos, gestor empresarial, entre outros voluntários). É uma ferramenta que trará mais facilidade. Todas as mulheres que sofrem com a violência doméstica vão poder ter essa rede de ajuda à disposiçãoâ€.
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Atendimentos- Desde que foi criado, em outubro de 2016, o site HelpHer tem apresentado boa aceitação por parte da sociedade. Até o momento são seis (6) mulheres assistidas diretamente, além de outras que receberam orientação pelas redes sociais quando solicitaram ajuda. A plataforma conta também com 19 voluntárias cadastradas espalhadas pelo Brasil, Portugal, Moçambique, Paraguai e Timor-Leste, bem como outras 13 voluntárias interessadas que estão em processo de cadastro.
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Mára Santos/ Fotos:Tony Ribeiro (F5)
Coordenadoria de Comunicação do TJMT







