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     A Confederação Nacional de MunicÃpios (CNM) para orientar os gestores sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) segue a série de matérias sobre o assunto. Hoje é a vez do ODS 5 que trabalha a questão da igualdade de gênero e busca alcançar a igualdade e empoderar todas as mulheres e meninas. Esse objetivo converge com o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 3 que promovia a igualdade entre os sexos e a valorização da mulher.
       A CNM explica que as metas que devem ser atingidas pelos MunicÃpios Brasileiros e que englobam este objetivo visam a promoção da mulher em ambientes de trabalho e de acesso à educação. Atualmente o número de mulheres que estão matriculadas em todas as etapas de ensino supera a de homens.
      Entre 2003 e 2011 houve um aumento de 44,4% para 46,1% no percentual de mulheres que compõem a População Economicamente Ativa (PEA), no entanto o maior desafio é a diminuição da disparidade entre a remuneração de homens e mulheres ainda existente. No ano de 2011, apesar do crescimento, a remuneração média feminina correspondia a 72,3% da masculina. A igualdade de salário entre homens e mulheres ocupando o mesmo cargo ainda é um desafio.
FeminicÃdio
       Segundo pesquisa do Banco Mundial o número de casos de feminicÃdio no Brasil cresceu em 75% entre 2003 e 2013 e o paÃs é o primeiro na América Latina em número de casamentos infantis e ocupa o 4º lugar no ranking mundial. Tais números demonstram a necessidade da implementação de polÃticas que trabalhem a questão de gênero e o quanto o tema ainda está frágil no Brasil. A violência contra a mulher está relacionada a meta 5.2 e a prática de casamentos prematuros, forçados e de crianças é pauta da meta 5.3
     A taxa de fecundidade na adolescência também é um desafio. Apesar de que os números vêm diminuindo de forma constante desde os anos 2000, esta taxa ainda se encontra acima da média para a América Latina.
Competências
      Cabe ao governo Estadual a implementação de polÃticas que promovam a igualdade de gênero, sendo então uma competência municipal expandir e divulgar tais ações em suas regiões.
       A CNM vem atuando em ao menos 3 frentes relacionadas à questão de gênero, mais especificamente em relação às metas 5.1, 5.2 e 5.5.
Conheça as ações da entidade para auxiliar os MunicÃpios no alcance do Objetivo 5:
       No âmbito polÃtico, a CNM vem firmando parcerias com organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres, na disseminação do projeto HeForShe, lançado durante a Marcha a BrasÃlia em Defesa dos MunicÃpios no ano de 2015.
       Em 2017, a CNM lançará o projeto Movimento Mulheres Municipalistas. O escopo desse projeto é fortalecer a participação das mulheres nos espaços polÃticos. E para isso, a entidade deve fomentar capacitações e parcerias entre gestoras a fim de oportunizar a entrada de novas mulheres nas instâncias de decisão polÃtica, como câmaras municipais, prefeituras e, conselhos, ação alinhada com a meta 5.5.
       A temática de gênero para alcançar mudanças concretas deve alinhar aspectos e ações tanto polÃticas quanto técnicas. Nesse sentido, a Confederação desenvolveu na região Nordeste – nos Estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte, durante os anos 2014 e 2016 – o projeto MunicÃpios Seguros e Livres de Violência Contra a Mulher. Um modelo de intervenção para estimular a articulação de lÃderes mulheres de governos locais e da sociedade civil para o planejamento e a construção conjunta de polÃticas de prevenção e combate à violência contra as mulheres nos espaços públicos e privados.
        Neste contexto, 10 MunicÃpios – em um projeto piloto – tiveram a oportunidade de desenvolver ações que corroboram com o alcance das metas 5.1 e 5.2, uma vez que as atividades do projeto em termos práticos se concentraram em melhorar os espaços públicos tornando-os mais seguros para a circulação das mulheres em seu dia a dia, bem como buscou fortalecer as lideranças polÃticas, o que cria e fortalece espaços de poder pautados por mulheres.
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