Mais da metade das vÃtimas (30) morreu carbonizada dentro de seus carros na estrada entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra.
            O incêndio florestal que atinge a região de Pedrógão Grande, na região de Leiria, no centro de Portugal, já dura quase 24 horas e o balanço de mortos segue aumentando. No último balanço divulgado na manhã deste domingo (18), 62 pessoas morreram e 59 ficaram feridas, de acordo com a mÃdia portuguesa. Autoridades já afastaram a hipótese de incêndio criminoso.
         Mais da metade das vÃtimas (30) morreu carbonizada dentro de seus carros na estrada entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, que foi tomada pelo fogo no sábado (17). O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, informou que, entre os feridos, 18 foram levados para hospitais. Quatro bombeiros e uma criança estão em estado grave.
        O fogo começou por volta das 15h de sábado (horário local, 11h em BrasÃlia). Mais de 1,6 mil integrantes das forças de segurança e 495 veÃculos foram mobilizados para combater as chamas. A intensa nuvem de fumaça impediu a circulação de aeronaves nesta manhã. Centenas de pessoas tiveram que deixar suas casas.
       O diretor nacional da PolÃcia Judiciária do paÃs, Almeida Rodrigues, descartou que incêndio seja criminoso. “Tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais. Conseguimos determinar que ‘trovoadas secas’ estejam na origem do incêndio. Encontramos uma árvore atingida por um raio”, afirmou.
          As ‘trovoadas secas’ são chuvas que evaporam antes de chegar ao solo, mas que são acompanhadas por raios que provocam faÃscas ao tocar a superfÃcie. Na ausência de água e na presença do vento, as chamas se espalham rapidamente. Os “ventos descontrolados” transformaram um fogo de pequenas dimensões em “um incêndio impossÃvel de controlar”.
           As chamas se espalham a partir de quatro focos pela região, que fica próxima a Coimbra e entre as duas maiores cidades portuguesas: Lisboa e Porto.
        O jornal “Público†afirma que as cidades de Lisboa, Santarém, Setúbal e Bragança estão sob aviso vermelho até as 21h do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que indica situação meteorológica de risco extremo.
        Exceto o distrito de Faro, o restante do paÃs está sob aviso laranja – o segundo mais grave em uma escala de quatro, que aponta para um risco entre moderado a elevado. O governo decretou três dias de luto nacional.
         O sábado foi de forte calor no paÃs, com temperaturas que superaram os 40 graus em várias regiões. Após ter registrado poucos incêndios florestais em 2014 e 2015, Portugal foi duramente atingido no ano passado, com mais de 100 mil hectares de florestas devastadas em seu território continental.