INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA; recém-nascida enterrada viva deve passar por cirurgia

    115
    0
    Google search engine

    pnb

    cria braço

    Foto: PolMiícia litar de MT

                  O estado de saúde da recém-nascida indígena que foi enterrada viva pela bisavó, Kutsamin Kamayura, de 57 anos, após o nascimento piorou nesta sexta-feira (8). A bebê, da etnia Tamayura, sobreviveu após ficar seis horas enterrada no quintal de uma residência em Canarana, 823 km a Leste de Cuiabá. Ela foi resgatada por policiais civis e militares na noite de terça-feira (5), após denúncia anônima.

                     A criança foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia em Cuiabá na quarta-feira (6). O médico Ulisses do Prado, que cuida da bebê, disse que o quadro de saúde, apesar de ser grave, é estável. Ela teve insuficiência respiratória, foi intubada e respira com ajuda de aparelhos. Ainda segundo a Santa Casa, a recém-nascida apresentou sangramento digestivo e infecção e, por conta desse quadro, passará por cirurgia para colocar um cateter para tratar de uma insuficiência renal.

     À polícia, a mãe da criança (adolescente de 15 anos) e a avó do bebê contaram que a jovem sentiu fortes dores (contrações) e foi ao banheiro sozinha, momento em que deu a luz a menina. Ao nascer, a criança teria batido a cabeça no vaso sanitário, ocasionando sangramento.

     Foi apurado ainda que a bisavó da criança cortou o cordão umbilical do bebê e também foi a responsável por enterrar a recém-nascida. A mullher, Kutz Amin, de 57 anos, alegou que a criança não chorou e por isso acreditou que estivesse morta e segundo costume de sua comunidade enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.

     Segundo informações da polícia, a avó da vítima, a indígena Tapoalu Kamayura, 33, ministrou chás abortivos durante todo período gestacional para interromper a gravidez da filha e teria premeditado, junto com a bisavó da criança, o que seria feito com o bebê logo depois do parto. Avó e bisavó estão presas. Elas não aceitariam o fato de que a adolescente seria mãe solteira e alegaram que a etnia não permitiria a maternidade. O pai da criança, K.K., teria se recusado a assumir a paternidade e já estaria morando em outra aldeia com outra índia.

    Â