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MULHER QUE TEVE LÁBIOS ARRANCADO PELO MARIDO BUSCA PLÁSTICA JUNTO AO SUS

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                  Uma mulher da cidade de  Alta Floresta, Nortão do Estado do Mato Grosso, busca junto ao SUS a conquista de cirurgia plástica para corrigir em seu lábios o estrago feito violentamente por seu marido.  Ela teve parte do lábio arrancado após uma mordida do então marido durante uma briga. 

 Ilustração web

               

               A mulher busca ser beneficiada com uma lei sancionada em dezembro de 2015 pela presidente Dilma Roussef (PT), que obriga a rede pública de saúde a realizar cirurgias plásticas e reparadoras em mulheres vítimas de violência.

A violência ocorreu há cerca de seis meses perto de uma mercearia na zona rural de Alta Floresta. “Estávamos lá desde cedo. Ele já estava bêbado e eu queria voltar para casa. Quando uma amiga nossa chegou, eu pedi carona para ela. Quando entrei no carro, ele começou a me bater”, lembrou.

Entre as agressões foram socos, pontapés, puxões de cabelo e ela ainda teve parte da roupa rasgada. Quando tentou se defender agarrando-o no pescoço, o suspeito começou a mordê-la. Uma dessas mordidas foi na boca da mulher, que acabou perdendo um pedaço do lábio.

A lesão sofrida na boca foi grave e, por isso, ela acabou levando 32 pontos. Além da marca física, a marca na memória também a aflige. O marido chegou a ser preso após o crime, mas foi liberado no mesmo dia.

Ela pretende aliviar um pouco dessas dores com uma cirurgia de reparação. “A primeira coisa que a gente olha no espelho é o rosto. A primeira coisa que vejo é a cicatriz. É muito constrangedor para mim. A esperança que tenho é de me olhar no espelho e ver minha boca como era antes. Talvez não seja perfeita, mas, tirando a cicatriz, já vou me sentir melhor”, afirmou.

Ela afirma estar feliz com a possibilidade e defende que a lei é extremamente benéfica para mulheres que sofreram agressões que deixaram marcas e que ainda ajudarão as vítimas a denunciarem parceiros violentos.

“Não é fácil [conseguir] uma cirurgia estética pelo SUS. Essa lei vai ajudar muitas mulheres porque agora elas vão ter mais coragem de denunciar a violência. Na hora da busca pela cirurgia, vão ter que registar o boletim de ocorrência. Com isso, elas vão conseguir a cirurgia e denunciar os companheiros”, disse.

Da redação com G1