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Polícia Federal quer prender índios que mataram 2 vendedores em Juína

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PROTESTO MORTE RAPAZES

                         O delegado da Polícia Federal, Hércules Ferreira Sodré, encaminhará, nesta terça-feira, à justiça federal, pedido de prisão preventiva de 3 índios da etnia Enawenê-nawê em Juína, acusados de matar os jovens Genes Moreira dos Santos Júnior, 24, e Marciano Cardoso Mendes, 25, que foram sepultados, neste domingo, no município. Sodré acredita que há elementos suficientes para sustentar a decretação da prisão dos envolvidos no duplo homicídio. Depoimentos colhidos de índios e de um funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai) apontam para a autoria do crime.

O inquérito segue em segredo de justiça Agentes federais estão, desde a última sexta-feira, em Juína, na região da aldeia, onde investigam os crimes. No sábado, os corpos foram localizados dentro da área indígena, envoltos em uma lona preta. Conforme Só Notícias já informou, um foi morto a pauladas e, outro, a tiros.

Últimas despedidas a jovens assassinados em aldeia foram marcadas por revolta e comoçãoOs dois vendedores de roupas estavam desaparecidos, desde quarta-feira (9) após passarem por bloqueio de cobrança de pedágio, que os índios faziam na BR-174, próximo a Juína. Teria ocorrido um desentendimento entre os índios e os dois, que acabaram sumindo. Houve manifestações e protestos de moradores de Juína cobrando punições aos assassinos.

O clima é de revolta na cidade. Indígenas da etnia Enawenê-nawê bloqueiam constantemente trechos da BR-174 cobrando pedágio dos motoristas que passam pelo local e não têm outra escolha ao não ser pagar pelo pedágio exigido pelos índios.

Eles querem que o governo faça a manutenção da estrada que dá acesso a aldeia. Há alguns meses, houve outro conflito entre usuários da rodovia e índios que voltaram a fazer bloqueio. Um caminhoneiro levou uma flechada e um índio foi baleado.