
SonoticiaBoa

Foto: Dispensável/reprodução
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotÃciaBoa.
Quanta gente perdeu amigos por causa de briga polÃtica, desfez amizade no Facebook porque a discussão baixou o nÃvel e partiu para agressão pessoal?
            São coisas que a imprensa não mostra, mas como repórter de polÃtica cansei de acompanhar esses “afagos†nos bastidores.
         Sim, os deputados e senadores são educados, corteses, civilizados com seus adversários, aliás não poderia ser diferente. Vamos parar de vender a imagem de que os polÃticos são inimigos, pq não são. Eles são apenas adversários.
        O duro é que o povo, iludido com o jeito como vê os polÃticos berrando nos púlpitos do Congresso Nacional e nas coletivas, acha que tem que ser igual à quela imagem de ódio mostrada na TV.
Para tudo! É tudo pose, galera! #AprendeBrasil.Â
A igreja tá certa ao entrar no jogo pra pedir tolerância polÃtica (veja abaixo).
Aliás, a atriz LetÃcia Sabatella deu uma aula de democracia esta semana, ao dizer na cara da presidente Dilma que ela é oposição ao governo. Em seguida, civilizadamente e respeitando as diferenças as duas se abraçaram. (Veja abaixo também) Uma cena pra pensar….
Tolerância polÃtica
A igreja católica (CNBB) e o Instituto dos Advogados fizeram um alerta importante nesta sexta-feira, 1: estão preocupados com a forma intolerante como o brasileiro vem falando de polÃtica. E lançaram um documento pedindo o fim da intolerância polÃtica.
“A CNBB tem se preocupado com uma espécie de intolerância polÃtica. Uma intolerância na capacidade de dialogar, quase uma intolerância, digamos assim, em relação ao diálogo. Como o tom tem subido muito nos últimos tempos, e tem havido manifestações, eu diria quase que raivosas, é um momento de nos manifestarmos também como sociedade, dizermos a todas as pessoas que assim não chegaremos a lugar nenhumâ€.
As palavras são do bispo auxiliar de BrasÃlia (DF) e secretário geral da Conferência, dom Leonardo Ulrich Steiner. Ele alerta para a violência que está surgindo em nome da democracia e pede diálogo quando houver diferenças de pensamento.
“Nós temos visto manifestações de rua, o que pode contribuir muito para a democracia brasileira, mas todas essas manifestações, à s vezes, vêm junto com uma determinada violência que nós não gostarÃamos que impedisse a democracia brasileira, a nossa jovem democracia brasileiraâ€, disse o bispo.
O documento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil pede a busca permanente de soluções pacÃficas e repudiando qualquer forma de violência na sociedade.
Raiva
O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, que também participou do evento lembrou que o discurso de ódio que tem se aflorado por causa da divergência polÃtica e de opiniões tem levado a sociedade brasileira a conviver com um sentimento de raiva, considerado extremamente preocupante.
“A divergência não pode fazer de ninguém um inimigo. A divergência é legitima e necessária numa sociedade plural, e nós temos de preservar essa divergência como uma riqueza do nosso pluralismoâ€, avaliou Aragão.
“Não há nenhum cunho partidário ou governista nesse ato. Estamos todos aqui é para fazer um alerta sobre os perigos da intolerânciaâ€, afirmou o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Veiga Rios.
“Estamos absolutamente comprometidos com as linhas gerais dessa conclamação, que busca a paz. Devemos buscar um entendimento, ser contra a intolerância, possibilitar que pais, no momento de crise gravÃssima, encontre o caminho para a pacificação nacionalâ€. Palavras do presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Técio Lins e Silva, que também assinou o documento da CNBB.
Radicalizando
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva disse que é preciso criar um ambiente de diálogo, de unidade e de superação dessa intolerância. Ou vidas estarão em risco.
“Nós vamos fazer isso ou nós vamos esperar o primeiro cadáver? Porque ele vai existir, do jeito que tá se radicalizando. É isso que nós vamos esperar? Ou nós vamos começar a abrir um espaço de diálogo e baixar o tom polÃtico do paÃs?â€, afirmou Edinho.
LetÃcia Sabatella dá exemplo
Veja como é possÃvel discutir polÃtica pacificamente. Esta semana a atriz LetÃcia Sabatella disse na cara da presidente Dilma, em cerimônia no Palácio do Planalto, que é oposição ao governo…
Ela deu uma lição de civilidade, amor e democracia.  E apesar de tere posicionamentos diferentes da presidente, as duas se cumprimentaram, se abraçaram e foram gentis uma com a outra. Aliás, como deve ser!
“Eu vim aqui hoje clamar por democracia. Nossa democracia é jovem, é imatura, é neocoronelista; eu sou oposição ao seu governo, presidente Dilma. Mas, eu… tem uma, um, uma… um contentamento em poder dizer isso na sua frente e poder dizer que eu vivo ainda num estado em que se pretende utopicamente, em realidade, em transformação, em exercÃcio, nesse momento, nesse governo, de ser um estado democrático, de preservar as liberdades, de preservar o inconsciente coletivo saudável do nosso povoâ€.
Com informações da AgênciaBrasil e G1






