A partir da próxima segunda-feira (02), os servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), prometem entrar em greve. A medida é relacionada à decisão do Governo do Estado de não realizar concurso público para a categoria. Essa é a segunda greve que o governo Pedro Taques (PDT) enfrenta nos primeiros 60 dias de mandato.

A definição da greve se deu após uma assembleia, na noite de quinta-feira (26). Os trabalhos serão paralisados em todo o Estado.

Para a presidente do Sindicado do Servidores do Detran (Sinetran), Daiane Renner, o efetivo que trabalha atualmente é muito abaixo do necessário ideal para atender a demanda.

“Estamos com menos de 40% de servidores na ativa do que seria necessário para oferecer um serviço de qualidade para atender a demanda do Detran. Um exemplo é como está o setor de vistoria com as pessoas tendo que aguardar em longas e demoradas filas para poder ter o serviço”.

Outro desabafo da sindicalista é sobre a permanência de policiais civis no local. “Enquanto o governo insiste em não realizar o concurso e manter no local policiais civis e funcionários de concessionárias e casas de placas emplacando veículos, sem qualquer cerimônia, iremos ficar paralisados”, afirmou Daiane Renner.

Para a presidente, não há justificativas para que o concurso público não seja realizado, uma vez que a própria Controladoria do Estado já teria atestado que o pedido, que está dentro das normas legais. “Não vamos abrir mão do que já foi atestado ser legal”, completou.

De acordo com o Sinetran, 30% do efetivo será mantido, conforme exige a legislação. A greve começa na segunda-feira(02) a partir das 8h. “Se caso o governo faça uma proposta para reabrir o diálogo, os servidores podem ainda suspender o movimento paredista no mesmo dia”, concluiu a presidente.