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Servidores não aceitam contraproposta apresentada pelo governo e mantêm greve

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         GREVE SERVIDORES    Imagem reprodução web

            A greve dos Servidores Públicos do Estado do Mato Grosso continua, eles não concordam com proposta do Governo apresentada para pagamento do reajuste geral anual (RGA) dos servidores públicos, na quinta-feira (2), para o Fórum Sindical, visando por um fim  na greve que vem causando muitos problemas a população mato-grossense. A  proposta do Estado é de   pagar 2% de reajuste em setembro, 2% em janeiro de 2017 e mais 2% em março do mesmo ano, mas não foi aceita pelas categorias.


                  De acordo com o secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, os sindicatos irão levar a proposta para os sindicalizados e trazer a resposta para o governo.

“Essa é a proposta que o governo pode pagar. Somente Mato Grosso e o estado do Paraná são os únicos estados da Federação que estão negociando o pagamento do RGA. Nós fizemos essa proposta e se eles aceitarem, mais pra frente até poderemos discutir outros acordos. Mas, no momento, a proposta é essa”, disse.


Paulo Taques ainda disse que o pagamento do RGA cheio, no valor de 11,28%, é impraticável nas condições econômicas em que se encontram as finanças públicas. “Se for pago, mesmo que de forma parcelada, o salário do servidor público corre sério risco de atrasar e de ser pago de forma parcelada”, ressaltou.


“O governador Pedro Taques está tomando essa decisão de oferecer essa proposta de acordo para preservar o pagamento em dia do salário do servidor público”, destacou.

                  O secretário ainda disse que medidas judiciais devem ser tomadas para assegurar o atendimento dos serviços essenciais como saúde e segurança pública. “A partir de segunda-feira o governo irá exigir o seu direito. Mas, isso é uma coisa que deverá ser avaliada na próxima semana”, ponderou.

 

Situação crítica

Já o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, informou que após reunião em Brasília, a previsão é que em todo o país possa haver um período de congelamento de salários. “O Estado de Mato Grosso apesar de tudo isso, ainda faz a proposta para pagamento”, frisou.

 

Segundo o secretário de Gestão, Júlio Modesto, o impacto de apenas 2% no orçamento deste ano será enorme e o governo terá de se desdobrar para quitar as folhas de pagamentos.

 

Posição do Fórum Sindical

O representante do Fórum Sindical, James Rachid, pediu que o governo repense a situação, porque, de acordo com ele, “é sempre o servidor do executivo que paga o pato”.

 

“Vamos fazer outra análise do movimento. Não estamos aqui para prejudicar niguém. Só queremos o que é legal e está na Constituição Brasileira e em uma lei estadual. A greve continua normal”, ressaltou.

 

Sobre a possibilidade de que a greve seja judicializada, o representante sindical disse que o fato é normal. “Ele não pode ir contra a Constituição Brasileira e tem uma lei estadual. Ele vai contra a lei, contra a Assembleia e justo um governo que é legalista? Não acreditamos que eles vão fazer isso”, destacou.

 

Da Redação / Com LAICE SOUZA-blogdoantero