Por Karen Belém
“Vovô do Uber” é o apelido carinhoso de Jorge França, um aposentado de 76 anos que encontrou no volante do carro uma forma de compartilhar corridas e uma história de amor “maior que Romeu e Julieta”, como ele gosta de dizer.
Jorge ficou conhecido por contar o amor que viveu com sua esposa, Marilea Mehl, que morreu há seis anos em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A cada viagem que faz pela cidade de Santos, Litoral Sul de São Paulo, Jorge relembra os bons momentos vividos ao lado da amada.
E não são poucos. Foram 52 anos juntos, três filhos, sete netos e uma bisneta. Uma vida inteira compartilhada com Marilea, que agora ele divide com os passageiros para inspirar o amor nas pessoas.
História de amor do vovô do Uber
Mesmo após seis anos, a saudade e a falta de Marilea ainda são presentes na vida de seu Jorge.
O relacionamento dos dois era marcado pelo respeito e confiança.
“Vivemos um grande amor, só que nós não nos matamos. Foi o ‘até que a morte nos separe’, e ela nos separou”, disse Jorge, comparando seu relacionamento ao clássico de Shakespeare.
Novos ares
Ela era uma mulher cheia de saúde até que veio o AVC. “Nunca teve nada, ficou 7 dias internada e infelizmente não resistiu”, lamentou o vovô do uber.
E foi pensando em preencher o vazio deixado pela perda da companheira que Jorge decidiu trabalhar como motorista de aplicativo.
Além de ganhar dinheiro, ele encontrou uma nova forma de se conectar com as pessoas e de manter sua mente ativa.
O segredo
O vovô adora ouvir histórias dos passageiros. E, é claro, também ama contar a própria história de amor, encantando cada passageiro que entra no carro dele.
O segredo? Segundo ele é amor, respeito e confiança.
Os filhos pedem para que ele reduza o ritmo de trabalho, mas seu Jorge afirma que só vai parar quando morrer.
SNB/Com informações G1.
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