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ELAS ESCREVEM COM PAPEL DE CABEÇA PARA BAIXO

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               EM COLIDER  JOVEM ESCREVE COM PAPEL DE CABEÇA PARA BAIXO 

        O G1 MT  noticiou no dia 10-11 sobre a catadora de materiais recicláveis, Suely Souza Almeida, que reside em Cuiabá,  que escreve com papel de cabeça para baixo. Aqui em  Colider, temos uma jovem, Auricélia  Mendes de Oliveira, natural de Santo Antônio do Lopes, Maranhão, que em nada difere de Suely quando se trata de ler, escrever, montar quebra-cabeças e outros relacionados.

 SAMSUNG CAMERA PICTURES                   Ela surpreende  e encanta a todos que presenciam seu modo diferente de escrever. Virando o papel de cabeça para baixo ela escreve com a mão esquerda   numa rapidez invejável. Mas o mesmo não acontece quando é força escrever com um papel da forma considerada normal, ou seja, de cabeça para cima, além de ter ficado  muito nervosa, caligrafia ruim,  ela demorou um minuto e vinte e um segundos, enquanto que com o papel o contrário(virado) demorou apenas doze segundos para escrever, e com uma excelente caligrafia.

Auricélia disse que todos esforços foram feitos por parte dos pais e professores no sentido de fazâ-la escrever e ler da forma considerada correta, mas de quase nada adiantou,  pois ela domina tanto a escrita quanto a leitura é com o livro e papel  de cabeça para baixo.  Veja vídeo

 

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Reportagem do Do G1-MT Mostra em Cuiabá uma mulher com o mesmo comportamento 

Catadora de materiais recicláveis diz que mãe tentou fazer com que mudasse.
Suely diz que é comum as pessoas se espantarem com a forma que escreve.

 

Do G1 MT

Sueli escreve de ponta-cabeça e chama a atenção (Foto: Reprodução/ TVCA)

Sueli escreve de ponta-cabeça e chama a atenção (Foto: Reprodução/ TVCA)

                           Sempre que a catadora de materiais recicláveis Suely Souza Almeida, de 38 anos, vai assinar ou preencher um documento alguém se espanta pela forma que escreve. Ela vira a folha de papel e começa escrever. “Quando me dão uma ficha para assinar, por exemplo, colocam na posição certa  e eu viro, até eles concordarem. Daí eu mostro que vai sair certinho do jeito que eles querem”, afirmou a mulher, que mora em Cuiabá.

                  Há mais de 30 anos e de forma natural, ela escreve com o papel virado de cabeça para baixo. A caligrafia é legível e quem vê não diria que as letras foram escritas de ponta-cabeça. Quando desvira o caderno, o que escreveu fica certo. A leitura é feita de forma tradicional. A mãe da Suely, a Juliana Pereira de Almeida, lembra que fez de tudo para que a filha escreve da forma tradicional. 

                “Tentava amarrar a mão dela, brigava, batia na mão dela e ela continuava do mesmo jeito”, relembra a mãe.

 
 

 Suely frequenta as aulas da educação para adultos para concluir o ensino fundamental e médio. O jeito de escrever chamou a atenção dos colegas. “Me surpreendi quando vi ela escrevendo a primeira vez. Achei muito bonito”, disse a catadora Ana Natalina Santos Silva.

Os anos se passaram e Suely não sabia porque escrevia assim. Então, a psicopedagoga, Roberta Pimentel fez uma avaliação. “Eu nunca tinha visto pessoalmente [um caso como esse]. Foi a primeira vez, a não ser em estudos e pela internet”, disse.

No primeiro teste, ela teve que montar peças igual ao modelo escolhido pela profissional. O resultado foi que a Suely montou as peças invertidas. “Ela começou a montar e veio com a total funcionalidade típica do cérebro dela. Ela montou invertido perfeitamente que é o que o cérebro dela faz para escrever, predomina do lado direito e ela escreve com mão esquerda.” explicou a psicopedagoga.

Em seguida, ela testou qual mão ela usa nas atividades de rotina, como, por exemplo, fechar potes e colocar comida dentro deles. O teste revelou que a mão esquerda ela usa para atividades. Assim como a mão, ela usa o pé esquerdo para chutar. “O cérebro dela encantador achou um caminho, uma solução.  Estavam tentando puni-la e ela arrumou um caminho: escrever de ponta cabeça. É natural da riqueza do cérebro”, disse a profissional.

Com o resultado de que escreve apenas de forma diferente e que isso não é uma anormalidade, Suely disse se aceitar da maneira como é. “O que eu acho legal de tudo isso é que me aceitei do jeito que sou”, contou.

Psicopedagoga fez avaliação com Suely usando blocos de montar (Foto: Reprodução/ TVCA)Psicopedagoga fez avaliação com Suely usando blocos de montar (Foto: Reprodução/ TVCA)