Os Ãndios desbloquearam a BR-163, no trecho entre Nova Santa Helena e Itaúba, conforme informação da PolÃcia Rodoviária Federal. Mas vale informar que eles continuam irredutÃveis em relação ao atendimento de suas reivindicações, assim garantem permanecer na área aguardando posição satisfatória a eles.
Pollyana AraújoDo G1 MT
            O Ministério da Justiça havia autorizado o uso da Força Nacional de Segurança, pois os indÃgenas disseram que só iriam liberar a rodovia depois que a coordenadora da Secretaria Especial de Saúde IndÃgena (Sesai), de ColÃder, a 648 km da capital, Sanna Rochelle Aparecida Silva Sarmento, fosse exonerada do cargo. No entanto, o governo federal se recusou a exonerar a coordenadora a pedido dos Ãndios.
Apesar da liberação, a PRF informou que a Força Nacional permaneceu no local para garantir que o trânsito ficará liberado. Durante os dias de interdição, filas quilométricas se formaram no trecho do km 943.
O cacique da tribo, Wantuil Maben-Grokrê, disse que a situação das comunidades no que diz respeito à saúde é caótica. “Ontem duas pessoas morreram nas aldeias por falta de remédios”, afirmou.
Entre as principais reivindicações dos indÃgenas estão a exoneração da coordenadora da Secretaria Especial de Saúde IndÃgena (Sesai), Sanna Rochelle Aparecida Silva Sarmento, e melhorias na área da saúde. Eles reclamam, principalmente, da falta de medicamentos no Distrito Sanitário Especial de Saúde IndÃgena (Dsei) que atende as comunidades da região. “Não adianta ter médicos e não ter remédios”, reclamou.
Além disso, os Ãndios das 39 aldeias da região cobram condições de transporte e reclamam da falta de combustÃvel para os barcos e outros veÃculos usados pelas comunidades. Cerca de 2 mil Ãndios vivem nessas aldeias.
Desde o inÃcio do protesto, os Ãndios ocupam o prédio da Sesai de ColÃder, a 648 km da capital, e, nesta quarta, quem atendeu o telefone da unidade foi o próprio cacique da tribo.