Promotora teve parte da pele de um dos dedos arrancadas no ataque.
Bombeiros e SES dizem que não há muitos casos de ataques na região.
(Foto: Lindinalva Rodrigues/Arquivo pessoal)
A promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues, de 44 anos, foi vÃtima de um ataque de piranha, na tarde do domingo (22) no Lago de Manso, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. Segundo a promotora, o peixe arrancou um pedaço de pele do dedo do pé direito dela. Apesar do susto Lindinalva recebeu apenas curativos e antibióticos.
Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, poucos ataques desse tipo são registrados na Baixada Cuiabana. Normalmente as vÃtimas desses ataques não fazem alguma forma de queixa. No entanto, os bombeiros garantiram que não há registro de casos graves em Cuiabá ou cidades próximas. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) também informou que existem poucos casos registrados.
Os próprios familiares de Lindinalva fizeram o socorro e a levaram até um hospital em Cuiabá. O trajeto até a unidade levou pouco mais de uma hora. A promotora foi medicada e liberada no mesmo dia. “As pessoas devem ficar alertas. Tinha muito banhista ali, inclusive bebês. Eu soube que há 15 dias um policial federal também foi atacadoâ€, comentou Lindinalva.
Explicação
Para o biólogo Francisco de Arruda Machado, especialista no comportamento de peixes, o ataque é explicado por dois fatores: processo de reprodução ou local de alimentação. Segundo Francisco, possivelmente a piranha que atacou a promotora é da espécie Serrasalmus maculatus.
“Esse tipo de piranha faz ninho na areia rasa, é o local preferido delas. Caso as pessoas se aproximem, ela ataca para defender o ninho. Outra explicação é porque jogam restos de comida e ocorre a aglomeração de peixes. As piranhas se alimentam das nadadeiras desses outros peixes. O pé deslocando dentro da água significa uma presa para a piranhaâ€, explicou o biólogo ao G1.