quinta-feira, 21/11/2024
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Mendonça revela empréstimo de R$ 4 milhões a Silval e existência de caderno de “acerto de contas”

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                    Em depoimentos prestados à Polícia Federal, sob a proteção da delação premiada, o proprietário de uma factoring cladestina de Cuiabá, Junior Mendonça, afirmou que emprestou R$ 4 milhões, durante a campanha eleitoral de 2010, ao então candidato a reeleição Silval Barbosa (PMDB). Ele era vice na gestão do governador, hoje senador Blairo Maggi (PR), e foi reeleito ao vencer o empresário Mauro Mendes (PSB), que atualmente é o prefeito da capital Cuiabá. 

                         O acordo teria sido celebrado na residência do governador no bairro Jardim das Américas, em uma reunião entre Silval, Junior Mendonça e o então secretário de Fazenda, Edmilson dos Santos, que teria intermediado o encontro. Inicialmente, Silval teria pedido R$ 7 milhões, mas o valor foi negado. 

                     As declarações mostram a “tipologia espúria de destinação dos recursos e o extenso envolvimento de Silval”, segundo o Ministério Público Federal. Elas fazem parte do pedido de busca e apreensão feito pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli. O alvo foi o apartamento do governador e buscou tentar encontrar o caderno espiral de “acerto de contas”, de tamanho universitário, conforme consta na decisão do ministro que o BlogdoAnteroteve acesso na íntegra.

                     As movimentações financeiras eram realizadas por meio das empresas Globo Fomento e Comercial Amazônia, que teriam verdadeiras “contas-correntes” em favor de investigados. Os pagamentos para Silval foram feitos, segundo depoimento de Mendonça, de três formas: emissão de vários cheques, em dinheiro e por meio do pagamento de contas de campanha com empresas. 

                       Silval chegou a ser preso na terça-feira (20), porém não por conta da Operação Ararath, mas sim por ter a posse de uma arma que estaria com o registro vencido. Ele pagou fiança no valor de R$ 100 mil e foi liberado.

                     Também foram presos o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, e o ex-secretário da Casa Civil e da Copa do Mundo, Eder Moraes, que já estão em Brasília onde prestarão depoimentos. blogdoantero

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