segunda-feira, 17/06/2024
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Deputado pede ao TCE suspensão de concurso da Segurança Pública de MT após indícios de irregularidades

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Por g1 MT

Concurso da Segurança Pública de MT pode ser suspenso — Foto: Mayke Toscano/GCOM-MT

Concurso da Segurança Pública de MT pode ser suspenso — Foto: Mayke Toscano/GCOM-MT

O deputado estadual Faissal Calil (PV) protocolou um pedido no Tribunal de Contas do Estado (TCE), nesta quinta-feira (24), para suspender o concurso da Segurança Pública de Mato Grosso, realizado no último domingo (21), devido ao alto número de irregularidades apontadas por candidatos e que estão sendo investigadas.

Na representação, o parlamentar apresenta uma série de denúncias de falhas ocorridas, como uso de celular e até mesmo vazamento da prova.

Cerca de 30 denúncias de irregularidades durante a aplicação da prova do concurso da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), que aconteceu em oito municípios do estado, foram feitas ao Ministério Público Estadual (MPE) nesta semana.

Sete fatos que precisam de apuração, segundo os parlamentares:

  • Pagamento realizado sem identificação no sistema, incorrendo na exclusão indevida do candidato na lista de divulgação do local de prova;
  • Candidato que efetuou pagamento e não foi permitido realizar a prova, sob a justificativa de limitação de idade;
  • Problema de identificação de candidatos na prova (ausência de coletor de digitais);
  • Uso de equipamentos eletrônicos em sala e no banheiro;
  • Inexistência de fiscalização para o porte indevido de equipamentos eletrônicos;
  • Prisão de um cidadão na cidade de Cáceres por suspeita de estar realizando a prova no lugar de candidato inscrito;
  • Fotos circulando nas redes sociais de imagens da sala de aula.

De acordo com o novo pedido feito por Faissal ao TCE, o concurso deve ser suspenso de forma cautelar, e, se comprovadas as irregularidades citadas, todo o processo deve ser anulado.

O deputado cita ainda que a falta de estrutura adequada facilitou as tentativas de fraudes durante a prova. Faissal também relatou que a UFMT deferiu inscrições de pessoas jurídicas, o que comprova a desorganização do certame.

Nessa quarta-feira (23), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) afirmou que apenas problemas pontuais foram identificados e que não comprometem a segurança do certame. A instituição foi contratada pelo governo do estado para organizar e aplicar as provas.

Caderno de prova 'vazado' — Foto: Divulgação

Caderno de prova ‘vazado’ — Foto: Divulgação

Suposto vazamento da prova

A prova do concurso teria sido vazada mais de um mês antes da aplicação. A denúncia foi feita nessa terça-feira (22) por um dos candidatos ao cargo de soldado da Polícia Militar, que disse ter encontrado o caderno de provas na internet, disponibilizado desde o dia 11 de janeiro.

Em checagem, a reportagem comparou o caderno de prova aplicado no dia 20 de fevereiro e constatou que seu conteúdo é 100% compatível.

Todas as questões aplicadas no dia do concurso são idênticas as que estavam abrigadas no portal de concursos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a organizadora do certame.

Denúncias ao MP

O Ministério Público Estadual (MPE) recebeu por meio da ouvidoria cerca de 30 denúncias de irregularidades durante a aplicação da prova. Entre os supostos erros apontados estão a ausência de detectores de metal, celular vibrando em sala de aula e pessoas tirando fotos no local da prova.

A Sesp-MT informou que não recebeu qualquer denúncia formalizada e as denúncias de fraude no dia da realização do concurso foram amplamente investigadas pelo núcleo de inteligência da Polícia Civil, com resposta rápida, resultando na prisão ocorrida em Cáceres, no domingo.

A secretaria esclareceu ainda que embora seja responsável pela realização do concurso, contratou a UFMT para a execução do mesmo, incluindo a realização da prova.

O MP informou que as denúncias serão encaminhadas para análise do Núcleo de Promotorias da Cidadania.

O concurso

 

As provas do concurso público das forças de segurança de Mato Grosso foram realizadas nesse domingo (20). Ao todo, 66 mil pessoas estavam inscritas.

O concurso, que foi prometido pelo estado desde 2016, foi realizado para formação de cadastro de reserva. Entretanto, o governo promete chamar 1.200 classificados ainda em 2022.

Os cargos de escrivão e investigador da Polícia Civil foram os mais procurados pelos “concurseiros”. Dos 66 mil inscritos, foram quase 34 mil somente na instituição.

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