A repercussão do meu último post nesta coluna me motivou a continuar explorando o tema, normalmente evitado por muitos especialistas. A maioria das pessoas já fez um currÃculo profissional para procurar um emprego ou se candidatar a uma vaga na atual empresa. Neste currÃculo você lista todas as suas realizações, conquistas, experiência e conhecimento reunidos ao longo da sua vida profissional que, com orgulho, você espera que te habilitem para a vaga ou emprego almejado.
Mas quem diabos se interessaria por esta lista de anti-realizações? Você mesmo, claro.
              Em nossa cultura não somos educados para aprender com nossos erros, pelo contrário, queremos esquece-los. Temos medo de sermos mal interpretados quando sabem que cometemos um erro, queremos esconde-los, evitamos falar sobre eles, temos vergonha deles.
          – Trai a confiança do meu melhor amigo para não perder o emprego. Aprendi que se eu tenho uma boa rede de amigos fieis e confiáveis, o desemprego não deve representar uma ameaça e que devo ser fiel a meus princÃpios e valores pessoais.
           – Deixei meu filho cavalgar sem estar na idade mÃnima. Ele caiu do cavalo e quebrou a perna. Aprendi que tudo tem uma idade certa e que as consequências podem ser desastrosas e talvez piores do que aconteceu.
Depois, leia todos eles, reflita, pense no aprendizado, pense se poderia ter sido diferente e, acima de tudo, verifique se, depois do ocorrido, você se tornou uma pessoa mais madura e mais preparada. Se você chegar a esta conclusão no final, verá que aquele erro não só era inevitável naquele momento, como foi importante em sua trajetória de vida e a partir daÃ, seu medo de se arriscar será menos influenciado pela rejeição social e mais vinculado a seu desejo de construir algo importante.