terça-feira, 05/12/2023
Banner animado
InícioAGRONOTÍCIASAgronegócioIncêndio destrói 600 sacas de milho e cobertura do solo em MT

Incêndio destrói 600 sacas de milho e cobertura do solo em MT

Banner animado

Além de prejudicar a produtividade dos agricultores, as áreas de pastagens e palhada seca que cobrem o solo, transformam-se em combustível e viram alvo fácil para as chamas

POR PEDRO SILVESTRE E ANA MOURA, DO CANAL RURAL MATO GROSSO

As altas temperaturas e o tempo seco nesta temporada do ano aumentam o risco de focos de incêndio em Mato Grosso. Na propriedade do agricultor José Osmar Bergamasco, em Nova Mutum, o fogo destruiu cerca de 600 sacas de milho. As chamas também queimaram boa parte da área que já tinha sido colhida e estava coberta com palhada. Nesta safra ele plantou 1,5 mil hectares de milho. 

As áreas de pastagens e palhada seca que cobrem o solo, transformam-se em combustível e viram alvo fácil para as chamas.

Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

Os focos de incêndio e os prejuízos nas fazendas são temas do episódio 100 do Patrulheiro Agro.

Entre os meses de julho e agosto, foram registradas 1.167 ocorrências de fogo em vegetação. Comparado ao ano passado, são 224 casos a menos, de acordo com o Corpo de Bombeiros. 

Produtor quase perde a vida 

O agricultor conta que há dois anos atrás a propriedade também foi vítima de um incêndio acidental e que, quase perdeu a vida tentando controlar as chamas que destruíram um trator. O fogo ainda deixou um rastro de destruição de mais de 500 hectares em áreas produtivas da região. 

“Queimei praticamente 70% do corpo. Nasci de novo e ainda estou me recuperando. A mão ainda está danificada e estou usando luva para me proteger. Eu não desejo isso nem para o meu pior inimigo, é uma dor insuportável. Passei 60 dias à base de morfina para controlar as dores”, comentou. 

O encarregado de produção, Fernando Soupinski, contou que o fogo durou quase 3 horas na propriedade mesmo com o uso de trator de água para combater as chamas. “Isso aqui é uma perda, cinco anos para recuperar de volta o que perdeu aqui. Sem contar que a expectativa aqui era de uma safra de 120,130 sacas por hectare. E não dá nem para aproveitar o milho”, pontuou. 

Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

O presidente da Associação dos Produtores de Milho e Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, frisa que os produtores do estado são o maior corpo de bombeiros do mundo e que dos 8,2 mil associados, não tem um que não possua tanque de água. 

“É claro que nós vamos fazer a cobrança na faixa de domínio, que é fora da propriedade, mas no estado de Mato Grosso o produtor rural já faz isso  e é uma parte por preocupação e outra  por interesse, porque se uma área for queimada ele perde seu patrimônio”, afirmou Cadore. 

O Governo de Mato Grosso afirma que quadruplicou os investimentos em tecnologia e estratégias de prevenção e combate ao fogo. Neste ano, serão R$ 38 milhões somente para o controle das queimadas. 

Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

Quem tem propriedade às margens de rodovias diz que a maior parte das ocorrências começa do lado de fora da porteira, na chamada zona de domínio, e cobra dos responsáveis, mais atenção na limpeza destes locais. 

Nova Rota do Oeste enviou uma nota sobre a limpeza às margens da rodovia. 

Confira na íntegra:

Responsável pela BR-163 entre os municípios de Itiquira-MT e Sinop-MT, a Nova Rota do Oeste informou em nota que desde maio tem intensificado as ações de prevenção a incêndios florestais nas margens da rodovia. Entre as medidas, a roçada e formação de aceiros na área que fica a até quatro metros de distância da rodovia, conforme prevê o contrato de concessão. Outra iniciativa é a campanha “Corta Fogo”, que autoriza os lindeiros a atuarem na faixa de domínio.

ARTIGOS RELACIONADOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!
- Anúncio -
Banner animado

MAIS LIDAS

Comentários Recentes