Com toda a certeza, o legislador constitucional, quando incluiu a livre manifestação como um dos direitos do cidadão, não imaginou a possibilidade desse instituto ser invocado para tolher o funcionamento dos poderes e dos órgãos públicos e nem que os malfadados black-blocs e outros desordeiros fossem dele se beneficiar para acusar as polÃcias de truculência ao impedi-los de depredar bens públicos e particulares. Os governantes têm de assumir suas responsabilidades de manutenção da ordem, mesmo que isso possa vir em prejuÃzo momentâneo de sua popularidade.Â
              Precisamos restabelecer o respeito à s leis e instituições. Não há razão para a tolerância de atos de vandalismo, ocupação de repartições, escolas, sedes legislativas e nem do bloqueio de vias públicas da forma que têm ocorrido. É urgente acionar os serviços de inteligência investigativa e usar os rigores da lei para conter os fabricantes do caos, que se escondem atrás de teses e reivindicações nem sempre sinceras para produzir o desequilÃbrio sócio-polÃtico. Temos uma grande obra de reforma a realizar e, para o bem da nação, ela não pode ser subvertida pelos radicais que colocam a força acima da palavra.Â
 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)Â